Quem é Adriana Leal, camisa 11 da Seleção? Conheça a jogadora

A jogadora iniciou sua carreira como treinadora de futebol aos 15 anos, no time de seu pai

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Foto: Thais Magalhães/CBF

Adriana Leal da Silva, 26 anos, nordestina, multicampeã e atacante da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina de 2023. Como qualquer outra jogadora, apesar de tão nova, Adriana carrega consigo, lesões, conquistas e sonhos. Essa será a primeira vez que ela vai jogar ao lado de Marta, o "Pelé do futebol feminino", como se refere à rainha do futebol. 

Nascida em União, no Piauí, Adriana iniciou sua carreira no futebol em um time de seu estado, o Flamengo do Piauí, depois de lá passou por Tiradentes, Corinthians e Orlando Pride, onde está até hoje. No Timão a atacante viveu um de seus melhores momentos dentro de campo. Foi lá que Adriana se sagrou campeã brasileira, em 2018, e artilheira da equipe, com 14 gols. Como consequência de seus resultados e resposta dentro de campo, Adriana ainda recebeu o prêmio de Craque do Brasileirão daquele ano. 

A jogadora, segunda maior artilheira da história do futebol feminino do Corinthians com 72 gols, foi convocada para a Copa do Mundo de 2019, mas um pulo sobre a goleira do Santos, no campeonato paulista, um dia antes da convocação, adiou seu sonho de atuar ao lado de Marta vestindo a amarelinha em um Mundial. Adriana rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo durante a comenoração de um gol e teve que ser substituída por Luana no Mundial. 

Em 2022, Adriana foi novamente convocada, dessa vez para a Copa América, a atacante além de campeã, foi artilheira do torneio e despertou em Pia Sundhage, treinadora da Seleção, a curiosidade de vê-la jogar na Copa do Mundo. 

Nessa temporada, ano de Mundial feminino, Pia divulgou a lista de convocadas e deixou claro que o nome de Adriana faz parte de seus planos. 

FUTEBOL AO LADO DA MARTA

Ainda em 2014, Adriana viu pela TV um jogo da seleção brasileira feminina e a Marta estava lá, integrando a lista de jogadoras relacionadas para a partida. Enquanto seus olhos passeavam pelas telas, Adriana perguntou para sua mãe se um dia jogaria com a camisa 10 do Brasil e sua mãe prontamente respondeu com "Ah, menina, para de história, tá sonhando muito". Porém, as palavras não convenceram Adriana, que, muito positiva, respondeu apenas com um "Calma, mãe, vai dar certo". 

Em 2017, Adriana recebeu a tão esperada ligação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ouviu que estava sendo convocada e que seu embarque já aconteceria no dia seguinte. O Brasil estava convocado para o torneio na China daquele ano. Ao encontrar com Marta, um abraço e a frase "Bem-vinda, garotinha", deixou Adriana em casa. 

Aquele momento precisava ser compartilhado com sua mãe, que durante muito tempo desmereceu seu questionamento sobre jogar o lado da melhor jogadora do Brasil. "Mãe, é real. Eu tô aqui com a Marta", foi a frase que encheu a ligação de lágrimas. 

A Copa do Mundo de 2023 promete muitas emoções, mas para Adriana ela vai ser mais que especial e inesquecível. Primeiro e último Mundial ao lado de Marta, já que essa edição vai marcar a despedida da jogadora, eleita seis vezes melhor jogadora do mundo, dos gramados. 

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*Sob a supervisão de João Bandeira Neto