O atacante pode voltar a Seleção Brasileira para os jogos contra Venezuela e Uruguai em novembro
O Al-Hilal enfrentou o Al-Tai nesta terça-feira pelas oitavas de final da Copa do Rei Saudita, mas sem Neymar em campo. O brasileiro, recuperado de lesão no joelho, mas ainda em processo de recondicionamento físico, não pôde ganhar minutos nesta partida. Assim como no Campeonato Saudita, o atacante só poderá voltar a disputar a copa nacional a partir de janeiro, já que não foi inscrito na lista de estrangeiros da equipe.
A explicação para a ausência é simples: Neymar não foi inscrito pelo Al-Hilal para a disputa do Campeonato Saudita neste ano. No regulamento da Copa do Rei Saudita, é preciso que os atletas estejam regularizados na competição nacional.
O artigo 19 do regulamento copa esclarece isso: "Cada clube tem o direito de que seus jogadores, sejam sauditas ou estrangeiros, participem da competição de acordo com o número permitido de inscrição no elenco do time na competição da liga em que o time participa na mesma temporada em que o a competição é realizada. Como esclarecimento do parágrafo, as equipes do Campeonato Saudita podem participar com no máximo dez jogadores estrangeiros".
Fora da lista do clube
Diante do quadro de recuperação do atacante, que lesionou o joelho e dois meniscos em outubro de 2023, a expectativa do Al-Hilal e da seleção brasileira era de que o camisa 10 estivesse à disposição a partir do agosto, o que não ocorreu. Por isso, o clube, juntamente com o técnico Jorge Jesus, optou por deixá-lo fora da lista enviada à Federação Saudita para a disputa da competição.
Neymar ficou fora pelo limite de estrangeiros. Nesta temporada, a Federação Saudita impõe que cada clube tenha, no máximo, dez estrangeiros por elenco - sendo que dois destes podem ter, no máximo, 21 anos. No elenco atual do Al-Hilal, há dez estrangeiros, mas apenas um com 21 anos - Marcos Leonardo, ex-Santos e Benfica. Dessa forma, há nove jogadores para oito vagas.
Diante da demora para Neymar se recuperar, Jorge Jesus optou por colocar Renan Lodi no lugar de Neymar. Dessa forma, o camisa 10 só pode retornar ao Campeonato Saudita e à Copa do Rei Saudita em janeiro, quando é permitido fazer alterações na lista - por causa da janela de transferências -, e se o Al-Hilal optar por inscrevê-lo. Até lá, só poderá disputar a Liga dos Campeões asiática.
Para cada partida do Sauditão, uma equipe pode levar oito jogadores estrangeiros a campo. Yassine Bounou, goleiro marroquino, tem ficado fora da lista de Jorge Jesus enquanto se recupera de lesão. Isso não permite, no entanto, que Neymar seja inscrito no seu lugar. O mesmo vale para a Copa do Rei Saudita. Segundo o regulamento da competição, cada clube pode colocar até dez jogadores estrangeiros por partida, mas estes precisam, necessariamente, estar com sua situação regularizada no Campeonato Saudita. Este não é o caso de Neymar.
Um ano e quatro dias após se lesionar em partida da seleção brasileira, o atacante voltou a entrar em campo em uma partida oficial nesta segunda-feira, 21. O brasileiro ficou cerca de 30 minutos em campo na vitória sobre o Al-Ain, por 5 a 4, pela Champions League da Ásia. "Me sinto bem. É muito difícil. O Al-Ain tem um bom time, mas estou feliz. Estou de volta, estou de volta", disse Neymar, após duelo pela Champions League asiática. Em campo na reta final da partida, teve a oportunidade de ir às redes, mas Khalid Eisa fez boa defesa.
Convocação
A próxima convocação de Dorival Júnior para a seleção brasileira será anunciada na próxima sexta-feira. O próximo jogo que Neymar pode disputar será no dia 4, contra o Esteghlal, do Irã, pela Liga dos Campeões asiática. Com a ausência do atacante em partidas oficiais até, o treinador da seleção brasileira terá de definir se convoca Neymar com base em 29 minutos disputados contra o Al-Ain.
A Seleção enfrenta a Venezuela, no dia 14 de novembro, às 17h, no Monumental de Maturín, e o duelo contra o Uruguai está marcado para o dia 19, às 21h45, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).
O plano do técnico Dorival Júnior e da CBF era aguardar a reestreia de Neymar para, então, debater seu retorno à seleção brasileira. Durante os últimos meses, Jorge Jesus chegou a afirmar que Neymar só retornaria a campo em 2025.
Em 2023, quando havia sido recém contratado pelo clube saudita, o atacante foi convocado por Fernando Diniz para os duelos com Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias. Ele entrou em campo, foi titular e se tornou o maior artilheiro da história da seleção, superando a marca de Pelé.