Paz diz que Fortaleza foi enganado por jogadores que já estavam encaminhados: 'mercado prostituído'

CEO do Tricolor esclareceu sobre as situações de Bruno Gomes e Felipinho

Escrito por
Brenno Rebouças brenno.reboucas@svm.com.br
(Atualizado às 16:13)
Legenda: Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, em entrevista coletiva
Foto: Marta Negreiros/SVM

O CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, explicou em coletiva concedida nesta segunda-feira (19) sobre a perda dos volantes Felipinho e Bruno Gomes, que haviam encaminhado acerto com o Tricolor, mas acabaram indo para o Atlhetico-PR e Internacional, respectivamente. Sem poupar palavras, o dirigente disse que os jogadores não cumpriram com a palavra, enganaram o clube e afirmou que se vive “um mercado no futebol brasileiro prostituído”.

"Felipinho e Bruno Gomes apalavraram com o Fortaleza; discutiram salário, contrato, condição, comissão, tudo. Acordaram com o Fortaleza por meio de seus empresários, deram a palavra [...] O Fortaleza foi enganado, mas prefiro ser enganado do que ser enganador. Jogadores deram a palavra por representantes e depois mudaram o destino", contou o dirigente. Paz revelou ainda que o primeiro, que estava na Ponte Preta, chegou a ligar para o executivo de futebol do Tricolor, Bruno Costa, chorando, pedindo para jogar no Pici.

Sobre o Bruno Gomes, que pertencia ao Coritiba e jogou o pré-olímpico pela seleção brasileira, Paz esclareceu que o Internacional, que anunciou a contratação do atleta recentemente, agiu no período em que o jogador defendia o Brasil.

"A gente fechou tudo com o Bruno Gomes, na hora que ele foi convocado, o Coritiba pediu pra dar segurada, por causa dos investidores, normal. Nesse tempo, o Inter chegou e disse que queria o Bruno Gomes [...] O Inter veio com um número (proposta financeira) para o jogador que eu jamais iria dar. Se eu desse, criava problema aqui", explicou o CEO do Tricolor.

Paz enfatizou que não paga salários acima do mercado para nenhum atleta para não gerar insatisfação interna com os jogadores do grupo, mas principalmente por responsabilidade financeira. "Não vou tomar medidas irresponsáveis. irresponsabilidade quebra clube de futebol. Crescimento irresponsável e sem medida quebra clube", disse.

Valorização

Ao explicar a situação dos atletas que não vieram mesmo com negociação fechada verbalmente com o Leão, Paz enfatizou que o clube busca por atletas que queiram jogar no Fortaleza e valorizou os reforços que chegaram no começo do ano. 

"É muito importante estar aqui quem quer estar. Tenho que valorizar o Kusevic, que quis vir; o Luquinhas, que quis vir; o Moisés, que voltou ganhando menos. O Tomás Cardona, que era capitão do Defensa Y Justicia, e quis vir para cá, sabendo que ia brigar com o Titi. Então a gente tem que valorizar as pessoas que estão aqui e querem vestir nossa camisa", afirmou.

Leão no marcado

O CEO do Fortaleza confirmou que o Fortaleza ainda busca no mercado um novo volante, porém quer ser assertivo no nome. Ele usou o jogador Zé Welison, como exemplo.

"A gente precisa agir com exatidão, não com pressa. Temos cinco volantes no elenco e o Hércules recuperando, (ou seja) seis. Só jogam dois, às vezes três. Geralmente não é uma função que troca muito [...] Pretendemos trazer mais um jogador para essa posição. Mas a gente quer trazer como o Zé Wilson em 2022, para acertar", disse.

Ainda sobre o mercado, o dirigente reforçou que "palavra importa, ética importa, verdade importa".

 
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