A conquista de Rayssa Leal, a atleta brasileira mais jovem a ganhar medalha de prata nas Olimpíadas, já virou exemplo para muitas crianças. Uma delas é Elisa de Freitas Messias, de apenas quatro anos, que já impressiona em manobras no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio. As informações são do portal Terra.
A menina, cujo tamanho é praticamente o mesmo do skate, já consegue descer rampas com grau considerável de dificuldade. A prática do esporte tem supervisão e incentivo do pai, o professor de Educação Física e skatista amador Gilson Freitas, que cria a filha em cima do skate desde bebê.
"É importantíssimo ela praticar esporte, pois eu acho que a prática da atividade física, seja ela qual for, deveria ser realizada nos quatro cantos do nosso país por qualquer pessoa independente da classe social, idade, cor ou gênero", afirma Gilson ao portal, destacando que as idas ao parque ocorrem apenas para que a filha se divirta e faça novos amigos.
A pequena começou a andar sobre rodas antes do skate: com pouco mais de um ano, ela ganhou um patinete da tia-avó como presente, não parando mais desde então. A criança passou a frequentar a pista Downhill, e os pais, a compartilhar a evolução da menina no esporte nas redes sociais.
Apesar de publicarem o trajeto da menina, os pais dizem que não cobram a filha — para ela, o skate é apenas lazer, embora ela queira seguir em frente com o equipamento. "Quero ser escritora e skatista. Também gosto de cantar, ler e escrever", diz a criança.
Preocupação da mãe
A mãe de Elisa, Leidiane Messias, acumula a preocupação que a filha parece não ter. Sempre muito atenta, a mãe acaba aflita a cada descida com medo de que a criança se machuque.
"Meu coração fica acelerado, palpitando forte a cada descida de skate, e de patinete também", afirma ao portal, revelando um misto de sentimentos. "Mas, ao mesmo tempo, sinto uma vibração tão forte quando eu vejo a alegria dela e o seu belo sorriso estampado no rosto. Fico feliz quando ela consegue fazer o percurso e as manobras corretas do jeitinho dela".
Quando Elisa sofre algum machucado, Leidiane recorre a uma técnica especial: o "beijinho de mãe". "Dou um monte de beijinhos, jogo água pra lavar o machucado e dou água para ela beber. Aí ela vai se acalmando, para de chorar e eu volto a incentivá-la a andar de skate novamente", comenta, pontuando que repete um ensinamento do pai para ocasiões como essa. "Caiu, levanta e anda de novo", diz.
Exemplo de Rayssa
A skatista de quatro anos estava animada para acompanhar a competição da Fadinha do Skate, mas acabou dormindo no colo do pai antes do resultado. Embora a vitória da atleta tenha trazido visibilidade ao esporte, o pai frisa que o Brasil ainda precisa avançar no apoio e no investimento para os competidores do skate.