Saiba quanto ganham Rebeca Andrade, Rayssa Leal e outros medalhistas nas Olimpíadas

Comitê Olímpico Brasileiro concede incentivos a esportistas que conquistem o pódio

Legenda: As duas brasileiras brilharam por suas façanhas nos Jogos Olímpicos
Foto: Wander Roberto/COB; Ricardo Bufolin/CBG

Desde o início das Olimpíadas, o Brasil tem se emocionado com conquitas inéditas, como a da ginasta Rebeca Andrade, de 22 anos, detentora primeira medalha olímpica da ginástica artística feminina do País, de prata, e também medalha de ouro.

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Além da conquista, a atleta recebe uma remuneração do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a qual pode ser ainda maior caso ela vença as finais do salto no domingo (1°) e do solo na segunda-feira (2).

Além dela, outros esportistas, como Rayssa Leal e Kelvin Hoefler, do skate, e Ítalo Ferreira, do surfe, receberão quantias da instituição por seus feitos. Mas quanto eles devem ganhar?

Conforme o portal UOL, os competidores de premiações individuais — como ginástica e skate — recebem do COB os seguintes valores:

  • Ouro: R$ 250 mil
  • Prata: R$ 150 mil
  • Bronze: R$ 100 mil

A quantia a ser recebida por Rebeca é maior, por exemplo, que a de um atleta dos Estados Unidos com a mesma medalha de prata. Ao todo, os estadunidenses recebem US$ 22,5 mil, o que equivale a cerca de R$ 114,3 mil, na cotação atual.

Já no ouro, os norte-americanos recebem US$ 35,5 mil (R$ 190,6 mil) por medalhas de ouro em provas individuais. Se ganharem bronze, o valor é de US$ 15 mil (R$ 76,2 mil).

Esportes coletivos faturam mais

O COB concede quantias maiores a esportes coletivos, dado que o valor deve ser dividido em partes iguais entre os atletas.

  • Ouro: R$ 500 mil
  • Prata: R$ 300 mil
  • Bronze: R$ 200 mil

As remunerações, porém, mudam a depender da quantidade de pessoas na equipe, como no futebol e no vôlei.

  • Ouro: R$ 750 mil
  • Prata: R$ 450 mil
  • Bronze: R$ 300 mil

Onde COB consegue dinheiro

Uma lei definiu, em 2001, que até 2% da arrecadação total das loterias deve ir para o COB e o Comitê Paralímpico Brasileiro. O valor é repassado pela Caixa Econômica Federal. Em 2020, o COB recebeu R$ 122,251 milhões dessa fonte, a principal de obtenção de receita.

No entanto, a entidade também recebe dinheiro de patrocínios e repasses do Comitê Olímpico Internacional (COI), tendo recebido R$ 35,147 milhões nessa modalidade. O montante foi maior que o repassado em 2019, de R$ 24,185 milhões.

A entidade olímpica reservou, do dinheiro recebido das loterias, R$ 6,2 milhões para a ginástica, embora tenha usado apenas R$ 4,956 milhões efetivamente.

Incentivo

Tratado como "incentivo" pela instituição, o prêmio em dinheiro é importante para os esportistas — poucos deles, no geral, são patrocinados por empresas.

Cerca de 80% dos atletas do time brasileiro no Japão recebem a Bolsa Atleta, concedida pela União.

Ao todo, o Governo Federal gastou R$ 7 milhões para 256 bolsas para ginastas entre os ciclos olímpicos de 2016 e 2021. Considerando que cada bolsa tenha sido para esportistas distintos e no mesmo valor, cada ginasta recebeu R$ 27.343,75 nos ciclos.