'Foi a maior vitória da minha vida', celebra Murray

Depois da dolorosa derrota na final de Wimbledon, Andy Murray obteve neste domingo a conquista que o reabilitou no circuito profissional. Ao faturar a medalha de ouro nos Jogos de Londres, sobre o mesmo Roger Federer que o vencera na mesma grama "sagrada" no mês passado, o escocês redescobriu o caminho das vitórias, calou os críticos e compensou a ausência de títulos de Grand Slam e seu currículo.

"Foi a maior vitória da minha vida", celebrou o tenista de 25 anos. "Esta semana foi absolutamente incrível. Me diverti bastante. Me senti muito renovado dentro de quadra hoje. Não me senti nem um pouco nervoso, com exceção do início do jogo. O apoio da torcida foi inacreditável", agradeceu.


Renovado, Murray não escondeu que a vitória contundente sobre Federer, por 3 sets a 0, amenizou os revezes sofridos nas quatro finais de Grand Slam que disputou - três deles para o suíço. "Tive derrotas muito dolorosas na minha carreira. E esta é a melhor maneira de me recuperar da final de Wimbledon. Nunca me esqueceria desta vitória", exaltou.


Na sua avaliação, o título olímpico dará maior confiança para os torneios mais importantes do circuito. "Serei capaz de lidar melhor com as situações a partir de agora. Me sinto muito mais confortável em quadra. Tentei alguns saques potentes e consegui executá-los", afirmou o britânico, mais confiante.


Após faturar o ouro na chave de simples, Murray teve a chance de repetir o feito nas duplas mistas ainda neste domingo. No entanto, não conseguiu subir novamente no lugar mais alto do pódio. Ele precisou se contentar com a prata, ao lado da jovem Laura Robson, após a derrota para os bielo-russos Max Mirnyi e Victoria Azarenka, por 2/6, 6/3, 10/8.


FEDERER - A derrota na final olímpica não pareceu abalar Roger Federer, que sonhava com o ouro para fechar o Golden Slam e se igualar a Andre Agassi, Rafael Nadal, Steffi Graf e Serena Williams - eles venceram os quatro títulos de Grand Slam e o título olímpico. "A sensação é de que conquistei a prata. Não encarou como uma derrota", afirmou o suíço, que chegou à Londres embalado pelo sétimo título em Wimbledon, conquistado há um mês.


"Para mim, foi um grande mês. Venci Wimbledon, voltou a ser o número 1 do mundo e conquistei a prata. Não se sintam mal por mim", afirmou o líder do ranking, diante dos jornalistas.


"Estou realmente feliz e satisfeito. Sei que isso soa estranho porque as pessoas estão acostumadas a me ver vencer. E aparentemente apenas a vitória me deixa feliz. Mas sou um tenista feliz e um bom resultado me deixa obviamente muito orgulhoso e feliz", afirmou o suíço, que completará 31 anos na semana passada e dificilmente terá condições de disputar os Jogos do Rio, em 2016.