Abaixo-assinado pede que Gilmar Mendes releve condenação de Mônica Iozzi

A atriz foi condenada pela Justiça de Brasília a pagar R$ 30 mil ao ministro do STF, que entendeu que ele teve a honra e imagem atingidas em um post na internet

Escrito por Folhapress ,
Um abaixo-assinado na plataforma Change.org pede que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, releve a condenação de Monica Iozzi. A atriz e apresentadora foi obrigada pela Justiça de Brasília a pagar R$ 30 mil ao ministro depois de fazer um post em seu Instagram criticando o habeas corpus dado por ele ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado em 2010 a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes.
 
O abaixo-assinado é de autoria de Vana Lopes, uma das vítimas de Abdelmassih e autora do livro "Bem-vindo ao Inferno - A Vítima que Caçou o Médico Estuprador". No texto, ela diz que, diferentemente do ministro, as vítimas não tiveram nenhuma indenização dos crimes cometidos pelo ex-médico e afirmou que a prisão e a libertação dele também causaram prejuízos ao Estado.
 
"Ao nosso ver, quem maiores danos sofreu foram as vítimas de estupro, que não receberam nenhuma indenização", disse. "Gostaria de lembrar que o Poder Judiciário deixou Abdelmassih escapar, oportunidade que o médico aproveitou para fugir, e esta situação nos trouxe traumas irreparáveis", afirmou.
 
"Ademais, não podemos esquecer que esta decisão por fim onerou o Estado, em gastos para prender o foragido, que recaíram sobre todos nós brasileiros. Abster-se de receber a presente indenização certamente não irá ferir vossa honra nem causar maiores danos à militância das vítimas", completou.
 
Assinaturas
 
Até o começo da noite desta quarta-feira (5), o abaixo-assinado recebeu cerca de 13,5 mil assinaturas, pouco menos das 15 mil estipuladas como meta. Pelo Instagram, Iozzi agradeceu o apoio que tem recebido dos seus seguidores. "Queridos, gostaria de agradecer por esta chuva de carinho que tenho recebido nos últimos dias. Eu me sinto abraçada por vocês. Sintam-se abraçados por mim também. Liberdade de expressão sempre", escreveu.