Abate de jumento para uso medicinal na China é denunciado; veja imagens
ONG flagra matadouros no Quênia que vendem couro para tratar anemia e menopausa e pede o fim da crueldade contra animais
A associação de defesa animal PETA pediu nesta quinta-feira ao governo do Quênia que acabe com o abate de jumentos, cujo couro é exportado para a China, às vezes ilegalmente, para serem usadas na medicina tradicional, uma prática que aumentou na África e e que no passado envolveu até a exportação pelo Ceará, depois proibida devido à repercussão negativa com ativistas.
A ONG PETA (Por uma ética no tratamento de animais) disse ter feito uma investigação nos matadouros quenianos, onde os jumentos são cruelmente mortos, ou chegam a eles mortos após longas viagens de caminhões de países vizinhos. O site da organização publicou um vídeo (abaixo) mostrando os maus-tratos contra os jumentos no Quênia.
Embora o couro de jumento não tenha valor comercial na África, a gelatina presente no produto é muito apreciada pelos médicos chineses tradicionais para tratar a anemia e a menopausa. A China é o principal consumidor, e, com a forte queda na sua população dos animais no país, tem recorrido à África para satisfazer sua demanda.
Em resposta, vários países africanos proibiram a exportação do couro de jumento e fecharam os matadouros pertencentes aos chineses. É por isso que agora o Quênia recebe milhares de animais transportados por longas distâncias vindos da Etiópia, de Uganda e da Tanzânia.