Reforma vai gerar 1.200 vagas de trabalho por ano

Maior parte das obras deixadas pelo consórcio anterior, na época da Infraero, será reaproveitada

Escrito por Redação ,

As obras de reforma e ampliação do Fortaleza Airport vão gerar 1.200 vagas de emprego por ano até a conclusão dos trabalhos, em 2020, pelo consórcio das construtoras Passarelli e Método. De acordo com o sócio diretor da Passarelli, Paulo Bittar, cerca de 400 funcionários já trabalham em três frentes que operam simultaneamente - a reforma do edifício existente, a ampliação do terminal e a reforma da pista e taxiways.

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Conforme o executivo, a maior parte das obras deixadas pelo consórcio anterior, há quatro anos, será reaproveitada. "Fizemos um reforço nas fundações, cálculos e (o material existente) passou em todos os ensaios. Com isso, vamos aproveitar significativamente a estrutura - um ou outro pilar pode ser refeito, mas de forma alguma prejudica a qualidade da obra", reforçou o sócio diretor da Método, Ivo Vieitas.

O gerente de operações do consórcio, Romilson Sousa, destacou que a estrutura de concreto existente no canteiro da obra está "absolutamente íntegra". "Grande parte da velocidade dessa obra se dá pelo fato de não ter a necessidade de demolir toda a estrutura que se tinha. Toda a parte de adequação, reforço e uma pequena demolição, só para adaptação do projeto, que já foi inclusive feita, está absolutamente dentro do previsto", explica Sousa.

Entrega por etapas

Segundo Vieitas, as obras da área do pavimento superior do atual edifício do Aeroporto, onde ficava o terraço panorâmico, serão entregues à operação do terminal no fim do próximo mês. "As intervenções estão acontecendo em todo o terminal e, à medida que libera uma área, transfere-se a operação e continua a intervenção das outras. E a parte relativa ao edifício existente está absolutamente dentro do cronograma, não foi impactada pelo embargo judicial".

O sócio diretor da Passarelli, Paulo Bittar, destaca que o desafio do consórcio é executar as obras sem afetar as operações do terminal, mantendo a qualidade dos serviços e o bem-estar dos passageiros. "Que ao concluir (o empreendimento), possamos entregar um aeroporto que seja porta de entrada à altura das belezas naturais do Ceará", aponta o executivo.

Sousa destaca que as intervenções no subsolo, iniciadas no último dia 18, diferentemente do que a Fraport havia indicado, não terão impacto sobre o trânsito na via. "Tomamos todos os cuidados para não afetar o dia a dia das pessoas que passam pelo Aeroporto. A área está cercada".

Financiamento com BNB

Apesar de ainda não estar fechado, o financiamento de parte das obras de ampliação do Aeroporto deve ser fechado com o Banco do Nordeste (BNB) nos próximos dez dias, segundo estimativa do presidente da instituição, Romildo Rolim. "Estamos trabalhando no fechamento da análise de viabilidade técnica, econômica e financeira. Ainda estamos fazendo o levantamento do valor", diz.

A linha de crédito do Programa de Financiamento à Infraestrutura Complementar da Região Nordeste (FNE Proinfra) permite o financiamento de até 80% do montante necessário para investimento. Caso chegue a esse patamar, o financiamento poderia ser de até quase R$ 800 milhões, se considerados os valores de design e gerência de projetos para as obras.

Nesse mesmo prazo, também deve sair o contrato com a operadora do Aeroporto de Salvador, Vinci, para a abertura de linha de crédito para o financiamento da expansão do terminal soteropolitano, concedido na mesma rodada que o Aeroporto de Fortaleza. "Queremos ser o principal financiador das obras", aponta o presidente do BNB. 

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