Ipece apronta novo estudo sobre o Acquario Ceará

Escrito por Redação ,
Legenda: Documento, que será divulgado nos próximos 15 ou 20 dias, visa confirmar a viabilidade do Acquario, que segue questionado pelo MPE
Foto: Foto: Lucas de Menezes

Envolto em questionamentos judiciais e políticos e em meio a dúvidas sobre a sua viabilidade econômica e financeira, o Acquario Ceará é um empreendimento sustentável e que deve ser gerido pelo governo do Estado, a partir da constituição de uma empresa estadual a ser criada especificamente para este fim. A avaliação é do presidente do Ipece, Flávio Ataliba, para quem o equipamento é viável financeiramente e portanto, não há razão de ser transferido à iniciativa privada, quando estiver concluído.

Segundo Ataliba, a confirmação da viabilidade financeira do Acquario, em construção na Praia de Iracema, em Fortaleza, está em um estudo recente, elaborado por técnicos do Ipece e que se encontra em fase final de redação. "Estamos concluindo um (novo) estudo completo que revela que o Acquario é viável de gestão e financeiramente", declarou o diretor do Ipece, ao anunciar que nos próximos 15 ou 20 dias o documento deverá estar pronto para divulgação.

Sustentabilidade

Segundo ele, esse novo estudo é bem mais amplo e complexo do que o anterior, realizado em 2011, e que ainda hoje vem servindo para justificar a construção do equipamento, independentemente das garantias de que o Ex-Im Bank, irá financiar os US$ 105 milhões necessários para a construção do Acquario. "Nós já tínhamos um estudo, mas agora nós detalhamos os estudos sobre a gestão financeira e este novo relatório vai substanciar, não apenas sobre o caráter econômico, mas sobretudo de sustentabilidade do empreendimento", antecipa Ataliba.

De acordo com ele, o relatório preliminar com cálculos e estatísticas financeiras, de custos e despesas, inclusive de seguros da estrutura do equipamento e até dos peixes, já se encontra na mesa do titular da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado, Hugo Figueiredo, e deve ser encaminhado, em breve, para apreciação do governador Camilo Santana. Conforme disse, a dúvida que ainda perdura é quanto ao modelo de gestão que será adotado, o que deverá ser definido pelo governador.

"Ainda não sabemos o modelo de gestão a ser adotado, porque isso ainda está sendo pensado e, certamente, esta será uma decisão do governador Camilo. Nosso objetivo foi apresentar-lhe subsídios para esta tomada de decisão", disse. Enquanto o novo estudo não sai, o contrato entre o Estado e a empresa construtora do equipamento segue sendo questionado pelo Ministério Público Estadual. (CE)

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