VÍDEO: Gravação mostra congolês Moïze Kabamgabe sendo espancado até a morte

O africano foi morto após cobrar uma dívida em um quiosque no Rio de Janeiro no último dia 24

Escrito por Redação ,
momento em que congolês é espancado até a morte
Legenda: Pelo menos três homens aparecem agredindo o africano
Foto: Reprodução

Os últimos momentos de vida do congolês Moïze Kabamgab foram registrados por câmeras de segurança de um quiosque no Rio de Janeiro, onde ele foi espancado até a morte com pedaços de madeira. O caso aconteceu no dia 24 de janeiro e teria ocorrido após o africano cobrar uma dívida. 

Nas imagens, a discussão começa entre um home e Moïze. Mais dois homens se aproximam e derrubam o congolês, que fica no chão sendo agredido, sem conseguir mais reagir. 

Nesta terça-feira (1º), um homem que diz ter participado das agressões se apresentou no 34º Distrito Policial, em Bangu e depois foi levado à Delegacia de Homicídios. 

Alisson Cristiano Alves de Oliveira, 27, divulgou um vídeo afirmando que não tinha intenção de matar Kabamgab. As informações são do g1.

"Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele. Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida", disse Alisson.

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Morte do congolês

Moïze Kabamgabe, de 24 anos, nasceu no Congo, na África, e veio morar no Brasil como refugiado político em 2014 com a mãe e os irmãos. Ele prestava serviço por diárias no quiosque Tropicália, próximo ao Posto 8.

Segundo a família da vítima, o proprietário do quiosque devia dois dias de pagamento, valor em torno de R$ 200, o que levou Moïze a questioná-lo, na última terça-feira (25), quando o débito seria quitado. 

Ao cobrar as diárias, no entanto, o jovem foi espancado até a morte. O corpo dele foi achado amarrado em uma escada. Yannick Iluanga Kamanda, 33, primo da vítima, afirma que o atendente sofreu golpes de mata-leão (chave de pescoço), socos, chutes, madeirada e chegou a ter as mãos e pés amarrados com um pedaço de fio. A investigação está sob sigilo.

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