Surto de gastroenterite em praia de SP pode ter sido causado por vírus, bactéria ou parasita, diz SES

Baixada Santista registrou aumento nos casos de virose em dezembro

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Imagem mostra UPA Rodoviária em Guarujá (SP) lotada com casos de virose
Legenda: Imagem mostra UPA Rodoviária em Guarujá (SP) lotada com casos de virose
Foto: Reprodução/TV Tribuna

A Baixada Santista tem registrado um aumento nos casos de virose desde dezembro, sobrecarregando unidades de saúde e causando escassez de medicamentos nas farmácias. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo está investigando a fonte de contaminação e não descarta a possibilidade da doença ser causada por bactéria ou parasita, e não por um vírus. As informações são do g1.

Segundo Alessandra Lucchesi, diretora da Divisão de Transmissão de Doenças, a maior parte dos pacientes deu entrada com um quadro de gastroenterite, que pode ser causada por bactéria ou parasita, e não necessariamente por um vírus. "As informações que chegaram até a Secretaria Estadual de Saúde compreendem [que] tanto pessoas que foram ao mar, que fizeram banho de mar, como também pessoas que não foram diretamente à praia, mas que muito provavelmente também entraram em contato com outras pessoas doentes", relatou em  entrevista à TV Tribuna.

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A fonte de contaminação ainda está sendo investigada pelos órgãos competentes. "É necessário esclarecer que nesse momento não temos como afirmar que é uma virose. Nós sabemos que é uma gastroenterite, mas não sabemos a causa, se é vírus, bactéria ou parasita", acrescentou a diretora.

O Instituto Adolfo Lutz realizará as análises das amostras e os resultados devem sair em cinco dias. 

SURTO DE VIROSE

Entre os dias 1º e 31 de dezembro, diversas cidades da Baixada Santista registram aumento no número de casos de virose.

Confira os dados:

  • Bertioga: 300 casos de virose registrados no Hospital Municipal;
  • Cubatão: 184 atendimentos nas unidade de saúde somente em janeiro. Dados de dezembro não foram divulgados pela prefeitura;
  • Guarujá: 2.064 atendimentos nas unidades de Pronto Atendimento, sendo que o município registrou 1.457 em novembro;
  • Itanhaém: 790 casos;
  • Mongaguá: Aaumento de 10% no Pronto-Socorro Central e 15% no Hospital da cidade. A prefeitura não informou o número de casos;
  • Peruíbe: A quantidade de notificações de virose não foi informada, mas a administração municipal afirmou que não teve aumento;
  • Praia Grande: Segundo a prefeitura, unidades de saúde estão realizando atendimentos de pacientes com virose com maior frequência nos primeiros dias no ano. Mas, de acordo com a administração municipal, não foi necessário contabilizar os casos porque a cidade não está em cenário de surto.
  • Santos: 2.264 atendimentos nas três UPAs em dezembro. Nos primeiros dias do ano, já foram 273.
  • São Vicente: 1.754 casos. Em novembro, foram 1.657. A prefeitura disse que não teve superlotação e falta de analgésicos e antitérmicos nas farmácias da cidade.

POSSÍVEIS CAUSAS

A TV Tribuna informou que recebeu denúncias de vazamento de esgoto nas praias de Guarujá e Itanhaém. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou que agiu rapidamente para regularizar o funcionamento da rede de esgoto nos dois municípios e que os serviços foram concluídos com a limpeza e higienização do local.

A Prefeitura de Guarujá declarou que acionou a Sabesp para apurar um possível vazamento ou derramamento irregular de esgoto nos canais da cidade, principalmente na Praia da Enseada.

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