PF deflagra nova operação contra envolvidos em atos terroristas; parente de Bolsonaro é alvo, diz TV
Operação visa identificar também os responsáveis pelo financiamento dos atos
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (27), mais uma fase da operação “Lesa Pátria” para identificar os responsáveis que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques em Brasília no dia 8 de janeiro. Alguns dos mandados de busca e apreensão têm como alvo endereços ligados a Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Conforme a TV Globo, agentes que atuam na ação foram aos imóveis relacionados ao familiar do antigo mandatário do País, localizados em Brasília e no Rio de Janeiro. A corporação não informou os itens apreendidos na ocasião.
Léo Índio compareceu ao ato extremista, registrado no início desde mês, e chegou a publicar imagens em cima do Congresso Nacional e próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das fotos, é possível notar que ele está com os olhos avermelhados, alteração supostamente provocada pelo gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar, segundo relatou.
Nova fase da 'Lesa Pátria'
Ao todo estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo e no Distrito Federal.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Relembre
No dia 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos três poderes da República — o Congresso Nacional, o plenário do STF e o Palácio do Planalto — em Brasília.
Vidraças foram quebradas e houve pontos com fumaça. Além disso, um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do prédio que guarda o Senado e a Câmara dos Deputados.
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Nos prédios públicos, protestantes exigiram a intervenção militar, destruíram bens públicos e emblemáticos, como, por exemplo, a porta do gabinete do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Policiais militares ainda tentaram conter os manifestantes com spray de pimenta, mas não tiveram sucesso e os grupos conseguiram avançar, inicialmente contra a área de contenção que cercava o Congresso.