Monique Medeiros terá cinco dias para instalação de tornozeleira eletrônica no Rio de janeiro

A mãe de Henry Borel deve comparecer à Coordenação de Monitoramento Eletrônico do Rio

Escrito por Redação ,
Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, chorando
Legenda: Monique Medeiros deixou a cadeia na terça-feira (5)
Foto: Divulgação/TJ Brunno Dantas

A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, saiu da cadeia no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (5). Agora, ela tem cinco dias para instalar a tornozeleira eletrônica na Coordenação de Monitoramento Eletrônico do Rio.

A decisão sobre a soltura de Monique foi concedida pela 2ª Vara Criminal, determinando que ela ficará em prisão domiciliar e usará tornozeleira eletrônica. 

Além disso, a mãe de Henry está proibida de conversar com qualquer outra pessoa, exceto parentes e advogados, e deve permanecer completamente fora das redes sociais. 

Veja também

Na decisão, a juíza Elizabeth Machado Louro falou sobre as ameaças sofridas dentro da cadeia, pontuando que a prisão de Monique não "favorece a garantia da ordem pública".

Apesar da substituição da prisão preventiva, Jairinho, padrasto do menino Henry, continuará preso.

MP vai recorrer

O Ministério Público já decretou que deve recorrer da decisão. Segundo o promotor Fábio Vieira dos Santos, ela não pode ser beneficiada pela medida porque é uma das responsáveis pela morte do próprio filho.

Entretanto, a decisão da juíza aponta que  a soltura de Monique individualiza sua conduta "para fins de avaliar a necessidade ou não de manter a prisão cautelar nos termos em que foi decretada no início do processo".

Entenda o caso

Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele foi vítima de torturas realizadas pelo ex-vereador Dr. Jairinho e pela mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva.

Henry passou o fim de semana com o pai, Leniel Borel de Almeida, e, na noite anterior à morte, no dia 7, foi deixado na casa da mãe.

Veja também

Desde 8 de abril, Monique e Jairinho estavam presos acusados pela morte da criança. As investigações apontam que a criança morreu após agressões do padrasto e pela omissão da mãe.

Henry sofreu, pelo menos, 23 lesões por 'ação violenta' no dia de sua morte, segundo laudo divulgado. O ex-vereador teve um pedido de habeas corpus negado pelos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. A professora entrou com um pedido de relaxamento de prisão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Jairinho foi denunciado por:

  • homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
  • tortura;
  • coação de testemunha.

E Monique foi denunciada por:

  • homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
  • tortura omissiva;
  • falsidade ideológica;
  • coação de testemunha.
Assuntos Relacionados