Nasa lançará missão contra asteroide para “defesa planetária” nesta quarta-feira (24); entenda

A intenção da missão é mudar a trajetória do corpo celeste

Escrito por Diário do Nordeste e AFP ,
Satélites
Legenda: A Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário irá atrás da Dimorphos
Foto: Johns Hopkins/Nasa

A Agência Espacial Americana (Nasa) lança, nesta quarta-feira (24), a missão Dart (Double Asteroid Redirection Test) para testar o potencial desta tenologia para desviar um asteroide que pode chocar-se com a terra futuramente. O foguete decola às 2h21, na Califórnia, nos Estados Unidos.

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A viagem será a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX. O alvo será a lua Dimorphos, que orbita o asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. 

Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.  

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24.000 km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material. 

Não há risco para a Terra.

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Objetivo da missão

No início deste mês,  Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa, informou que "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida". 

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.  

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A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.  

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador. 

Teste de potencial

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.  

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.  

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida". 

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