Guerra promovida pela Rússia na Ucrânia completa 50 dias de conflito

Nessa quinta-feira (14), tropas ucranianas atingiram uma ponte por onde um comboio russo passava

Escrito por Redação ,
Tropas ucranianas atingiram uma ponte por onde um comboio russo passava
Legenda: "Costumava ser uma coluna militar da Federação Russa, mas agora virou sucata. Glória aos nossos soldados", disse o chefe de gabinete da Presidência da Ucrânia, Andriy Yermak, sobre a ponte
Foto: reprodução/redes sociais

A guerra promovida pela Rússia na Ucrânia completa, nesta quinta-feira (14), 50 dias de duração. Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o país enfrenta uma "ameaça constante" de bombardeios com mísseis em todo território, e observa "ataques sistemáticos" nas regiões de Kharkiv, Donetsk e Zaporizhzia. 

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Conforme o portal Uol, tropas ucranianas atingiram uma ponte por onde um comboio russo passava. A ação aconteceu na área de Izium, cidade a cerca de 620 quilômetros de Kiev, capital da Ucrânia. 

"Alguns dias atrás, nossos soldados descobriram veículos inimigos na região de Kharkiv", relatou o Ministério da Defesa do país. Ainda conforme a pasta, a descoberta apontou que os russos "estavam se movendo para fortalecer seu grupo na região de Kharkiv", área que é alvo constante de ataques. A Ucrânia, então, resolveu "realizar uma emboscada de engenharia" contra as tropas de Moscou. 

"A ponte foi explodida junto com equipamentos russos de acordo com um determinado plano, destruindo toda a coluna inimiga", detalhou o ministério ucraniano. O Ministério da Defesa da Rússia ainda não se manifestou sobre o assunto. 

O chefe de gabinete da Presidência da Ucrânia, Andriy Yermak comemorou o sucesso da operação. "Costumava ser uma coluna militar da Federação Russa, mas agora virou sucata. Glória aos nossos soldados."

Explosivos usados por tropas ucranianas para atingir uma ponte por onde um comboio russo passava
Legenda: Explosivos usados pelas tropas ucranianas na ação
Foto: reprodução/redes sociais

'Fase ativa da guerra continua'

Mesmo após 50 dias de guerra, a Defesa ucraniana acredita que a Rússia estaria fortalecendo "as unidades de artilharia", além de continuar "a construir um grupo de aviação perto da fronteira leste".

A expectativa da Ucrânia e de países aliados é que Moscou faça uma nova ofensiva na região leste do país, principalmente devido ao interesse russo no Donbass, região separatista pró-Rússia. O fato de haver áreas na Rússia que estão em "nível amarelo de ameaça terrorista" é outro indicativo de que novos ataques estão por vir. O próprio governo russo disse pode voltar a atacar Kiev. 

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, declarou que acredita ainda ser "muito cedo para retornar a Kiev". "Porque ainda existe uma ameaça de ataques de mísseis em toda a Ucrânia, e o inimigo não deixa o objetivo de capturar toda a Ucrânia — e Kiev em particular."

Para ela, a "fase ativa da guera continua, o que significa que o risco persiste em toda a Ucrânia."

Tropas ucranianas se rendem em Mariupol 

Segundo o Mistério da Defesa da Rússia informou, nesta quinta-feira, militares ucranianos se entregaram em Mariupol. "Em apenas um dia, 1.160 militares ucranianos da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais se renderam voluntariamente. Entre eles, 176 oficiais." 

O governo ucraniano já havia declarado, nessa quarta-feira (13), que "parte da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais foi capturada durante uma tentativa de invasão", mas não mencionou rendições nem a quantidade de soldados.

Negociação chegam a 'beco sem saída'

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou, na terça-feira (12), que as negociações com a Ucrânia estão em um "beco sem saída". O país que mediou os encontros presenciais entre as delegações das duas nações, a Turquia, declarou, nessa quinta-feira, que as conversas foram afetadas "negativamente" após o massacre em Bucha

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"Criou uma atmosfera negativa do lado ucraniano", revelou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, ao veículo de imprensa NTV. O titular da pasta ressaltou que o governo turco condena o massacre. A Turquia busca organizar uma nova reunião entre as delegações. 

Nessa quinta, o governo russo disse não haver entendimento sobre a continuação de negociações presenciais. 

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