Desenvolvido pela Merck em parceria com a Ridgeback Biotherapeu, o molnupiravir demonstrou ser promissor para o tratamento da doença
A farmacêutica Merck anunciou, nesta sexta-feira (1º), que remédio desenvolvido contra a Covid-19 mostrou eficácia de quase 50% na redução dos riscos de internações e mortes pela doença. O produto chamado de molnupiravir foi testado empacientes adultos que apresentaram sintomas leves a moderados do coronavírus.
No estudo, o medicamente diminuiu a chance de hospitalização ou morte em quase 50%, e 7,3% dos pacientes testados foram internados ou morreram, segundo a Merck. A farmacêutica americana afirmou que deixará de recrutar mais voluntários devido aos resultados positivos, após consultar órgãos reguladores.
A companhia disse que pretende emitir um pedido de Autorização de Uso emergencial ao Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA) "o mais rápido possível".
O comprimido foi desenvolvido pela Merck em parceira Ridgeback Biotherapeu.
Outras farmacêuticas testam antivirais
Os antivirais atuam evitando que o vírus se replique e podem ser usados em duas situações: para permitir que as pessoas que já sofrem da doença não evoluam para o quadro grave, e para evitar que os que tiveram contato próximo com o vírus não desenvolvam a doença.
O tratamento com comprimidos por via oral, de fácil administração, é aguardado com grande expectativa e visto como uma forma eficaz de combater a pandemia. Contudo, os antivirais, de forma geral, não têm apresentado resultados convincentes contra a covid-19.
Dado que o mercado para esses fármacos é potencialmente enorme, vários laboratórios estão investindo em sua pesquisa, como o Atea Pharmaceuticals, também nos EUA, e o suíço Roche, que estão avaliando a eficácia de um tratamento similar, chamado de AT-527.
Já a Pfizer, que desenvolveu uma das vacinas mais utilizadas contra a covid, anunciou na segunda-feira (27) que estava iniciando os testes clínicos em grande escala de seu próprio antiviral.