Nasa nega que Laysa Peixoto, brasileira que se apresentou como astronauta, seja da agência espacial
A jovem também mentiu ao dizer que faz mestrado na Universidade Columbia, em Nova York

A Nasa emitiu nota para negar que a brasileira Laysa Peixoto, 22, faça parte da agência espacial, após ela publicar nas redes sociais que é a "primeira mulher astronauta brasileira". Ela disse que ia representar o Brasil em uma nova era exploração aeroespacial e fazer viagens para estações privadas, além de participar futuramente de missões tripuladas à Lua e Marte. No Instagram, @astrolaysa, ela conta com mais de 156 mil seguidores.
Sobre a possível viagem ao espaço, a empresa Titans Space confirmou que ela foi "selecionada", mas não disse se na condição de astronauta de carreira ou turista.
"Fui selecionada para me tornar astronauta de carreira, atuando em voos espaciais tripulados para estações espaciais privadas, e para futuras missões tripuladas à Lua e para Marte. Sou oficialmente astronauta da turma de 2025 e farei parte do voo inaugural da Titans Space, comandado pelo astronauta veterano da NASA, Bill McArthur", disse a jovem em post.
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Aos 19 anos, de idade, a jovem natural de Contagem (MG) disse que trabalhou na Nasa liderando pesquisas. Por nota, a Nasa disse que a brasileira, "não é funcionária da Nasa, líder de pesquisas ou candidata a astronauta".
Laysa teria participado de uma workshop para estudantes, o que não lhe dá o direito de se autointitular astronauta.
"O Programa L'Space é um workshop para estudantes - não é um estágio da Nasa ou trabalho na agência. Seria inapropriado reivindicar a afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade", disse a agência espacial norte-americana.
Inconsistências em faculdades
Nas redes, Laysa ainda se apresenta como estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestranda em Física Quântica e Computação na Universidade Columbia, em Nova York. Ambas as universidades negam vínculo atual com a brasileira.
Conforme a UFMG, ela foi desligada do curso de física após não renovar matrícula desde o segundo semestre de 2023. Já a Columbia, disse ao g1 que não localizou registros com o nome de Laysa em seus programas de graduação e pós.