3I/ATLAS: o que se sabe sobre o cometa 3 bilhões de anos mais velho que o sistema solar

Objeto passou próximo ao Sol no mês passado e deve chegar "perto" da Terra em dezembro

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Redação producaodiario@svm.com.br

A passagem de um cometa com características raras perto do Sol, no último mês, provocou uma onda de curiosidade sobre o astro batizado de 3I/Atlas. O que chama atenção no objeto espacial é a idade estimada pelos astrônomos, que o posiciona cerca de 3 bilhões de anos antes do surgimento do Sistema Solar — totalizando aproximadamente 7 bilhões de anos.

No fim de outubro, o cometa passou “perto” do Sol. A aproximação havia sido flagrada inicialmente em 1º de julho de 2025 por pesquisadores do telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert Survey System (ATLAS), no Chile.

À época, o astro viajava a 221 mil km/h e estava a cerca de 670 milhões de quilômetros do Sol, nas proximidades de Júpiter.

Imagem mostra o objeto luminoso.
Legenda: O brilho registrado foi fraco, quase um borrão no espaço, mas suficiente para comprovar que o visitante está vivo e reagindo à luz do Sol.
Foto: Divulgação / NASA.

O objeto tem entre 440 metros e 5,5 km de diâmetro. Essas estimativas, no entanto, variam, já que o 3I/Atlas é uma grande pedra de gelo que perde volume à medida que se aproxima do Sol.

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Análises complementares feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) apontaram ainda que o ele possui uma nuvem de gás e poeira com uma concentração de dióxido de carbono (CO₂) nunca antes identificada em um objeto desse tipo.

Além da idade, o que torna o 3I/Atlas um dos objetos raros já identificados é o fato de ele ser originário de outro sistema que não o solar. Até hoje, apenas três astros desse tipo foram descobertos, um em 2017 e outro em 2019.

Em sua trajetória, o cometa atingiu o ponto mais próximo ao Sol, chegando a 210 milhões de quilômetros de distância (nas proximidades de Marte), e começou a se afastar novamente no dia 29 de outubro.

A estimativa dos astrônomos é de que o objeto chegue ao ponto mais próximo da Terra no fim de dezembro, ficando a cerca de 270 milhões de quilômetros dos humanos.

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