Suspeito de matar recém-nascido filho da namorada é preso no interior do Ceará; mãe é investigada
O laudo mostra que a criança morreu asfixiada
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) investiga a participação da mãe e do companheiro dela na morte de uma criança recém-nascida. A criança foi encontrada asfixiada no último dia 9 de abril, no município de Graça, no interior do Ceará. O homem foi preso no sábado (17).
Ele negou o crime. Em depoimento, o suspeito afirmou que foi chamado pela companheira para socorrer o bebê, que estaria passando mal. O laudo pericial, todavia, mostra que a morte foi provocada por asfixia mecânica ocasionada por obstrução das narinas e da boca.
As informações são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Também foi detectada uma lesão no crânio do bebê. A mãe da vítima, de 29 anos, também é investigada e procurada pela Justiça.
Segundo a Polícia, o suspeito não tem antecedentes criminais e se relacionava com a mãe do bebê há algum tempo. Os dois se conheceram há três anos e se aproximaram nesse período.
No dia em que o óbito foi comunicado às autoridades, o homem alegou que estaria trabalhando em uma oficina quando teria sido chamado às pressas pela namorada, pedindo ajuda para o filho recém-nascido que estaria passando mal.
O socorro teria sido chamado, mas a criança já havia morrido.
Investigação
Para o delegado Afonso Timbó, titular da Delegacia Municipal de Varjota, que investiga o caso, “os dois são suspeitos porque eram os únicos que estavam com a vítima”.
“Diante das conclusões do laudo, saíram os mandados de prisão para a mãe da criança e para o companheiro com quem ela morava. Prendemos ele, mas também precisamos capturá-la”, complementou.
Ainda segundo o delegado, a mãe já era investigada por negligência nos cuidados com os filhos. “No total, são três processos envolvendo os filhos, um deles é sobre um pedido de destituição familiar, quando os responsáveis descumprem suas responsabilidades diante dos menores”, explicou.
O Diário do Nordeste não divulga o nome da mulher para evitar que as crianças sejam identificadas.