Policial penal preso em operação da PF por roubo e contrabando de cargas é investigado na CGD

Servidor público estava afastado da SAP desde 2018 e foi preso em flagrante em 2020, o que originou a Operação Barba Negra

Escrito por Messias Borges , messias.borges@svm.com.br
O policial penal do Ceará foi alvo de um mandado de prisão preventiva e outro de afastamento do cargo público, na Operação Barba Negra
Legenda: O policial penal do Ceará foi alvo de um mandado de prisão preventiva e outro de afastamento do cargo público, na Operação Barba Negra
Foto: Divulgação/ PF

Um policial penal do Ceará, preso em uma operação da Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Norte contra roubo e contrabando de cargas, passou a ser investigado também na seara administrativa, pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e do Sistema Penitenciário do Ceará (CGD).

A portaria que instaurou Processo Administrativo-Disciplinar (PAD) contra o policial penal Eudes Araújo de Andrade foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quinta-feira (31).

Conforme a portaria, Eudes de Andrade estava afastado da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) desde novembro de 2018, em virtude de licença médica para tratamento de saúde. Em 5 de julho de 2020, ele foi preso em flagrante por suspeita de roubar uma carga de cigarros de um comerciante na cidade de Assú, no Rio Grande do Norte, o que deu origem à investigação da Delegacia da Polícia Federal em Mossoró (RN).

O aprofundamento das investigações resultou na deflagração da Operação Barba Negra, em 11 de novembro do ano passado. A ofensiva policial teve a finalidade de desarticular a organização criminosa responsável pelo roubo e revenda de cargas contrabandeadas, segundo a CGD.

O policial penal do Ceará foi alvo de um mandado de prisão preventiva e outro de afastamento do cargo público. A PF ainda cumpriu mais 4 mandados de prisão preventiva, 5 mandados de busca e apreensão e 3 mandados cautelares diversos da prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Federal de Natal, da Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

Segundo a PF, a investigação identificou que "o agente penal acusado se dedicava intensamente ao comércio de cigarros contrabandeados, além de outros ilícitos graves, como roubos de entorpecentes e armas".

A organização criminosa contava ainda com o apoio de um sargento da Polícia Militar do RN, um ex-funcionário da Prefeitura de Parnamirim/RN, um comerciante do bairro do Alecrim e de outros acusados, alguns inclusive, com passagens anteriores pelo sistema penitenciário. O nome da operação faz alusão ao modus operandi da Orcrim, que atuava como verdadeiros piratas, roubando cargas de cigarros contrabandeados, além de armas e entorpecentes de outros criminosos."
Polícia Federal
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