Policiais suspeitos de matar pedreiro ganham página de apoio no Facebook
O objetivo da campanha é acumular R$ 60 mil para pagar o advogado que deve defender os três PMs que estão detidos no 5º BPM.
Amigos e parentes dos três policiais militares detidos, sob suspeita de envolvimento no homicídio do pedreiro Francisco Ricardo Costa de Sousa, criaram uma página na rede social Facebook ' Ajudar policiais militares do Ceará' para pedir apoio financeiro e moral aos policiais que estão presos no 5º Batalhão da Polícia Militar. O crime ocorreu no dia 13 fevereiro, no bairro Maraponga.
A descrição da página informa que o objetivo é levantar dinheiro para o pagamento dos advogados que serão contratados para ajudar os policiais militares José Milton Alves Maciel Júnior, Washington Martins da Silva e Dennis Bezerra Guilherme. Os três policiais foram afastados previamente, por determinação do controlador Geral de Disciplina, Santiago Amaral Fernandes.
A vítima, Ricardo Sousa, sofreu agressões que supostamente seriam dos policiais e morreu no Hospital Frotinha da Parangaba. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério do Bom Jardim. O pedreiro era pai de cinco filhos. Os moradores do bairro Maraponga, indignados com a situação, atearam fogo contra um ônibus em protesto.
No dia 14 de fevereiro, a Secretaria de Segurança e Defesa Social (SSPDS) divulgou, por meio de nota, que todos os policiais prestaram depoimento na controladoria e que os três estavam com a prisão preventiva decretada.
Segundo informações de amigos dos policiais, que preferiram não se identificar, os três estão presos no 5º Batalhão da Polícia Militar. "Estamos pedindo aos companheiros uma colaboração de R$ 100, mas quem não puder doe o que puder, poderia ser você nessa situação (SIC)", afirma a nota divulgada na página do Facebook.
A página ressalta que, além do apoio financeiro, os policiais também necessitam de apoio moral. Foi divulgado o horário de visitas, que são restritas a cinco pessoas por policial militar.
O crime do dia 13 de fevereiro está sendo investigado pela Delegacia de Assuntos Internos da Controladoria Geral de Disciplina. Se for confirmado o envolvimento dos PMs, eles podem ser expulsos da corporação.