CGD investiga PM que ameaçou atirar na ex-esposa porque mulher se recusou a desbloquear celular
De acordo com a Controladoria, o PM teria dito "se não desbloquear eu vou te matar", mirando uma arma para a cabeça da vítima
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) determinou que seja instaurada sindicância administrativa para apurar denúncia contra um soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), o policial teria discutido e ameaçado de morte a ex-esposa.
A discussão começou quando o soldado teria pedido para a ex-esposa desbloquear o celular dela. A mulher recusou e então foi ameaçada com uma pistola na cabeça. De acordo com a CGD, o PM teria dito "se não desbloquear eu vou te matar".
Na sequência das ofensas, o policial ainda teria apertado o pescoço e os braços da ex-esposa, além de quebrar o portão da residência e também ameaçar o pai da vítima. O caso aconteceu no município de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Para a Controladoria, a conduta do militar viola valores da Corporação, caracterizando transgressões disciplinares. A CGD destacou considerar a tramitação prioritária dos procedimentos administrativos disciplinares envolvendo vítimas de violência doméstica.
DENÚNCIA
De acordo com a vítima, essa foi a primeira vez que ela foi agredida fisicamente pelo ex. O homem ainda teria posteriormente conseguido acesso ao Whatsapp da ex-esposa e ficou revoltado quando viu algumas conversas.
Ele teria ainda jogado roupas e maquiagens da vítima pela janela.
"Por o acusado ser policial militar, a vítima se viu obrigada a fugir de sua residência durante a madrugada, temendo por sua vida. Na manhã seguinte, após ter se apropriado do chip de celular da vítima e acessado suas mensagens no aplicativo WhatsApp, o acusado retornou para casa e danificou vários móveis e bens pessoais da vítima. Posteriormente, disse para a vítima que iria matar o pai dela e saiu armado. A polícia foi chamada, mas o agressor não fora encontrado", disse o Ministério Público do Ceará (MPCE), em trecho da denúncia.
O homem negou ter cometido as agressões. Na versão do suspeito, a ex o denunciou caluniosamente por influência da mãe dela: "tudo faz parte de uma vingança influenciada pela sogra que não aceitava o relacionamento".
A mulher atualmente tem medida protetiva para evitar que o suspeito se aproxime dela. A ação penal segue em andamento na Justiça do Ceará.