C-Jovem e a política do óbvio
“Navegar é preciso... criar um Ecossistema de TIC no Ceará parece que não é! Nos falta uma “vitrine” do que temos, somos e sabemos na área de TIC! A falta dessa “vitrine” tem resultado em perda de negócios além de levar muitos empresários e gestores a pegar o corujão da VASP no Cocorote em busca de soluções no Sul Maravilha da VARIG! Mal sabem eles que bem ali, lá acola, tem startups do Rapadura Valley, nos Hubs do Cumbuco e do NINNA com soluções mais em conta e de qualidade superior, com suporte de cientistas de nossas universidades.
Um Ecossistema teria a missão de fazer um “tinder” entre os produtores e consumidores, e entre os próprios atores de TIC no Ceará! Isso mesmo, um “TINDER”! Seria também uma estratégia para estancar a sangria de cérebros e reeducar nossos consumidores imersos na velha cultura, vinda dos cafundós, de valorizar mais o que vem lá de fora; já reclamava o Chico de Maranguape.
Tão óbvio quanto a necessidade de um Ecossistema de TIC é a formação massiva de profissionais nesta área que, todos sabem, emprega rápido (todos meus alunos de computação geram renda antes de se formarem) e tem como principal insumo o raciocínio lógico (farto na cucuruta cearense), além de não depender de parafernálias caras para quem resolver ser um freelancer.
Mas de repente, eis que chega “2022, o ano que aconteceu”! Nada mais forte na pele que arrepia do que dar ao jovem a oportunidade de transformar a sua vida... que transforma outras vidas. Sim, o lançamento do Programa C-Jovem pela Governadora Izolda Cela, nesta segunda-feira, tem essa missão focada em 100 mil jovens. Além da formação profissional, o jovem será motivado a apropriar-se de seu entorno social, assumir cedo a inevitável liderança de seu futuro.
Esse é o C-Jovem, a política do óbvio sendo posta em prática!
Mauro Oliveira é professor do IFCE e CEO do Iracema Digital