Alimentação e o controle da ansiedade
A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, mas quando se torna crônica ou excessiva, pode afetar significativamente a qualidade de vida. Diversos fatores influenciam a ansiedade, incluindo predisposição genética, ambiente, e estilo de vida. Entre esses fatores, a alimentação tem ganhado destaque como uma maneira potencial de ajudar a controlar os sintomas da ansiedade.
O cérebro é um órgão metabolicamente ativo que requer um fornecimento constante de nutrientes para funcionar de maneira ideal. Certos nutrientes são especialmente importantes para a saúde mental e podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade:
Triptofano: neurotransmissor que regula o humor e o bem-estar. Alimentos ricos em triptofano, como nozes, sementes, ovos, queijo e peru.
Magnésio: baixos níveis de magnésio têm sido associados ao aumento da ansiedade. Alimentos como espinafre, amêndoas, e abacate são boas fontes de magnésio.
Ômega-3: ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos como salmão e sardinha, bem como em sementes de linhaça e nozes, têm propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a regular o humor e reduzir a ansiedade.
Vitaminas do Complexo B: estas vitaminas, particularmente a B6, B12 e o folato, desempenham um papel importante na produção de neurotransmissores.
Manter níveis estáveis de glicose no sangue é crucial para a saúde mental. Flutuações rápidas nos níveis de açúcar no sangue, como as que ocorrem após o consumo de alimentos ricos em açúcar refinado ou carboidratos simples, podem causar sensações de nervosismo e ansiedade.
Carboidratos Complexos: alimentos como aveia, batata-doce, e grãos integrais são absorvidos mais lentamente pelo corpo, o que ajuda a manter níveis de açúcar no sangue estáveis e evita picos de ansiedade.
Proteínas: a inclusão de proteínas em cada refeição também pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, fornecendo uma liberação sustentada de energia.
A alimentação pode ser uma ferramenta poderosa no controle da ansiedade, mas não deve ser vista como uma solução isolada. Consultar um nutricionista ou um médico pode ajudar a criar um plano alimentar adaptado às suas necessidades específicas e ajudar a melhorar o seu bem-estar geral.
Lívia Carolina Amâncio é coordenadora e docente do curso de Nutrição do UniFanor Wyden