Técnico do Ceará Vôlei destaca evolução da equipe e traça metas na Superliga B
Raphael Dantas destaca também desenvolvimento da base e questão financeira
O Ceará Vôlei encerrou 2025 de forma bastante positiva. A equipe venceu três dos quatro jogos disputados na Superliga B e está na terceira colocação na tabela com nove pontos somados. O vencedor e o vice da competição conquistam vaga na elite nacional da modalidade. Em entrevista ao Jogada 1º tempo desta sexta-feira (26), o técnico Raphael Dantas falou dos objetivos da equipe na temporada, do desenvolvimento da base e da questão financeira do projeto.
“Esse projeto já tem três anos. Na nossa primeira participação, a gente jogou a Superliga C e não conseguiu o acesso. O Ceará estava na B no futebol. Ano passado, o Ceará estava na B no futebol, a gente na B do vôlei e o projeto foi mantido. E agora, com o rebaixamento (do futebol masculino profissional) sempre assusta um pouco, mas o projeto já tinha sido aprovado pelo orçamento anterior. Antes do futebol ser rebaixado”, afirmou o técnico.
“Além disso, temos a Lei de Incentivo ao Esporte que complementa o orçamento. Para essa temporada, está tudo tranquilo. Todas as jogadoras, todos nós temos contrato. Está tudo em dia. Acredito que não vá afetar até porque nosso orçamento é uma fração do orçamento do Ceará e corresponde a algo muito pequeno ao que envolve ao vôlei profissional”, completou.
OBJETIVOS NA SUPERLIGA B
“Ano passado nos classificamos em sexto. São 14 equipes, ano passado tinham três do Nordeste. Uma foi rebaixada, uma não se classificou e nós fomos a única a classificar. E fizemos um jogo muito duro contra o São Caetano. Batemos na trave. E queremos fazer uma campanha melhor que o ano passado. Estar entre os quatro já seria algo interessante para a gente. Há equipes com mais investimento e tradição também. No caso do Pinheiros, a Jacqueline, campeã olímpica, joga lá. O Sesi tem uma equipe de base muito forte, reforçado por jogadoras do adulto que não estavam sendo aproveitadas no elenco principal”, pontuou o treinador.
“Temos uma meta inicial de tentar ficar entre os quatro primeiros, para pegar um cruzamento mais factível numa semifinal. Procuramos fazer, dentro do nosso orçamento, as correções com relação ao ano passado. Pecamos um pouco na montagem do elenco de não ter peças de reposição a altura das titulares. Esse ano tivemos cuidado especial nesse sentido. Então, fizemos muitas correções e obviamente a gente quer um resultado melhor que o ano passado e, quem sabe, o acesso”, reforçou.
DESENVOLVIMENTO DA BASE
“Ainda precisamos estruturar um pouco mais a nossa base. Temos apenas um ginásio e ele é ocupado pelo futsal. Hoje temos parceria, no vôlei feminino, com o Colégio Antares. As alunas e atletas de lá formam as equipes de base do Ceará. Pontualmente, uma atleta de muito destaque entra na nossa equipe. Temos a intenção de desenvolver. O Ceará está sempre buscando uma parceria ou até mesmo construir, através de parceria, ginásios”, explicou Raphael.
“Existe Lei de Incentivo ao Esporte, o CBC (Comitê Brasileiro de Clubes)... Tem muito incentivo hoje no nosso país para o desenvolvimento do esporte de base olímpico. O Flamengo é o clube do país que mais faz captação de recursos de desenvolvimento para esportes olímpicos. E o Ceará está de olho nisso. Existem projetos para a gente ter o nosso próprio centro de desenvolvimento para a gente poder desenvolver cada vez mais as atletas”, completou.
IMPORTÂNCIA DO TORCEDOR
“As jogadoras que nos enfrentaram ano passado comentam. A pressão da torcida, a atmosfera, o barulho. O que o treinador falava, elas não conseguiam escutar. Nos momentos de dificuldade do jogo, cada ponto é um gol. É espetacular o apoio. Costumo dizer que existe um interesse mútuo entre torcedores do Ceará e apaixonados por vôlei que tinham carência de ter o voleibol do nosso estado. Acredito que o Ceará está angariando novos torcedores, não necessariamente identificados com o futebol, mas que tem uma paixão pelo vôlei e agora passam a torcer pelo Ceará por causa do vôlei. É um atrativo para as mulheres, para as meninas”, finalizou.
O próximo desafio será no dia 6 de janeiro, fora de casa, quando encara o ASA Alumínio Vôlei.
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