Marcelo Paz fala sobre início ruim no Brasileirão: 'a gente está abaixo'; veja

A coletiva é realizada no Centro de Excelência Alcides Santos

Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (9), às 16h (de Brasília), no Centro de Excelência Alcides Santos, a sede do clube.

Na ocasião, Paz falou sobre os problemas de torcedores na Arena Castelão, já que têm sido frequentes as reclamações dos frequentadores ao estádio.

"A gente foi ver de perto o que acontece. 99% das pessoas estão ali para curtir, para ver o jogo, para ter momento de lazer. E essas pessoas tem que ser muito bem tratadas. Agora, quem vai pra roubar e pra furtar, tem que ser preso! Tratar todos os torcedores bem é dever do clube. Desde catraca, venda de bebidas, saída. E é responsabilidade nossa, sim. Se os banheiros estavam sujos, a culpa é minha. Se o atendimento é ruim, a culpa é minha. Vamos trabalhar isso com a nossa equipe. Mas há erros, e há vandalismo. Amanhã tem reunião com a polícia, eu mesmo vou conversar com eles", disse.

O presidente falou também sobre o início ruim do Tricolor no Brasileirão, já que o time está na lanterna e, após quatro rodadas, não venceu nenhum jogo, com apenas um ponto conquistado.

"Campeonato Brasileiro a gente largou muito mal, abaixo do esperado, e Libertadores, dentro do esperado. A gente está abaixo, é ruim estar na posição em que a gente está, mas tem duas formas de olhar isso. A tabela, que é ruim, e o que o time está jogando. E eu acho que tem futebol para duelar com qualquer equipe do Brasil. A pontuação é péssima, mas a performance não está ruim", disse ele.

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CONTRATAÇÕES

"Certamente, quando chegar próximo a 18 de julho, a gente vai ter alguma novidade, alguma qualificação de elenco, isso é natural. Pode sair alguém também? Claro que pode. É uma janela de muita movimentação, pois coincide com janela europeia e de outros países também. Tem mundo árabe, Japão, Coreia...então pode esperar que vai ter alguma coisa, mas tem que esperar mais um pouquinho. Valorizar quem está aqui. São atletas muito comprometidos com o Fortaleza".

LIGA DE CLUBES

"É um assunto de milhões, literalmente. O que for decidido em termos de Liga, vai impactar muito o futebol brasileiro. Eu tenho que equilibrar entre o que eu entendo que é bom para o Fortaleza, mas dentro de uma coletividade. Não posso achar que o Fortaleza vai ganhar igual o Flamengo. É natural que, quem tem mais torcida, mais audiência, possa ganhar mais. Eu sei qual o nosso lugar, o nosso tamanho, e é justamente por isso que temos participado ativamente para que seja feito de forma mais igualitária. Acho que tem um avanço, porque todos os clubes querem a liga. Vamos ter mais autonomia, mais poder de decisão, produto mais valorizado. A gente quer uma divisão mais igualitária, mais justa. Estamos falando de muito tempo pra frente. Uma decisão errada pode impactar por vários anos. A gente vai publicar uma carta jaja, são 23 clubes, falando o que nós queremos, e respeitando quem pensa diferente. E nos colocando aberto ao diálogo, mas que haja realmente o diálogo".

JULGAMENTO DO CAMPEONATO CEARENSE

"Alguns personagens se repetem. Porquê o Fred Bandeira, que quis tirar o Fortaleza do Campeonato em 2015, é quem está conduzindo agora de novo para melar nosso campeonato? Porquê o Fred Bandeira foi indicado pelo Sindicato dos Árbitros? Por que existe uma indicação. Porquê indicou ele para ser auditor? Queria que vocês pesquisassem isso aí. E o que todo mundo já sabia, porque ele foi indicado para ser presidente? E porque o auditor, que mudou o voto hoje, deve ser o próximo presidente do tribunal? Queria que vocês pesquisassem isso aí. É muito feio isso. Eu fiquei calado esse tempo inteiro, acreditando na justiça, que ia ser da maneira correta, mas tem uma hora que a gente tem que falar. Tá na hora de a gente olhar isso com mais força, mais a fundo, entender o que está por trás. A quem interessa parar o Campeonato Cearense? A quem interessa o Fortaleza não ser tetracampeão? O processo tem vários vícios que foram passando por cima, quase que na marra, pra chegar no resultado que se queria. Não dá pra achar isso razoável".