Apontado pela polícia como autor do tiro contra o lutador de jiu-jitsu Leandro Lo, o tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo possui histórico de envolvimento em outra confusão.
Há cinco anos, ele foi acusado de agressão e desacato em uma casa noturna de São Paulo, quando teria desferido socos em um soldado da Polícia Militar (PM), que estava atendendo uma ocorrência no local.
Diante da acusação, o tenente alegou que agiu para separar pessoas que teriam agredido o primo dele. No entanto, testemunhas relatam que ele teria agredido o soldado mesmo sem nenhum indicativo de que ele feria o mesmo.
À época, Henrique foi condenado pela Justiça Militar de São Paulo. Após o Ministério Público entender que o policial estava "embrigado" e "nervoso e exaltado", Henrique foi condenado a nove meses de prisão em regime aberto, no dia 13 de maio do ano passado.
Morte de Leandro Lo e prisão de PM
Leandro Lo levou um tiro na cabeça após uma discussão durante o show de pagode da banda Pixote.
O policial foi preso ainda no domingo (7), após se apresentar na Corregedoria da PM. A prisão foi pedida pela Polícia Civil e, por determinação da Justiça, ele deve permanecer preso por 30 dias. O policial foi encaminhado ao Presídio Romão Gomes, da PM, na zona norte de São Paulo.
A mãe do campeão mundial de jiu-jitsu declarou, nesta segunda-feira (8), que o PM responsável pelo disparo que matou o atleta também praticava a arte marcial e já conhecia Leandro. Segundo ela, a confusão foi provocada por ele propositalmente.