Morre Adílio, ídolo da história do Flamengo, aos 68 anos

Ele estava internado no Hospital Rios D'Or

Legenda: Nas redes sociais, o clube publicou uma homenagem ao seu eterno ídolo
Foto: Paula Reis/Flamengo

Morreu, aos 68 anos, o ex-meio-campista Adílio, que se eternizou com a camisa 8 do Flamengo. O ídolo rubro-negro, não resistiu a um câncer no pâncreas, condição que teve piora nos últimos meses e faleceu nesta segunda-feira (5). Ele estava internado no Hospital Rios D'Or.

Em março deste ano, Adílio passou por uma cirurgia, por contas de dores na região do tronco, mas o problema de saúde avançou. Ele deixa a esposa Sônia e três filhos: Soni Adílio (36 anos), Adílio Júnior (41) e Bruna (42). Os dois últimos, do primeiro casamento, com Rosemary.

Nas redes sociais, o clube publicou uma homenagem ao seu eterno ídolo. “As asas de um moleque sonhador o fizeram superar qualquer muro. Os campos da Gávea construíram amizades angelicais. Seus pés pareciam flutuar com a bola nos pés e foi assim que Adílio conquistou o mundo vestindo o Manto Sagrado. Seu sorriso, sua generosidade e sua bondade encantaram a quem o conheceu”, escreveu o clube.

“O símbolo máximo do rubro-negrismo expresso no abraço infinito: comemorar gol de título com os braços rumo aos céus, dando jeito para cabermos milhões de nós na catarse de euforia, amor e paixão. Seus gols, dribles e comemorações marcaram para sempre a história do Mais Querido. Todo rubro-negro tem o privilégio de poder reverenciar o “Brown” como integrante da prateleira mais alta do nosso panteão. Hoje, nos despedimos do nosso Camisa 8, mas para nossa sorte, assim como o traçado do número eternizado, Adílio é infinito”, concluiu o post.

HISTÓRICO DO ÍDOLO

Durante sua carreira, Adílio foi considerado um meia de técnica apurada que atuava centralizado ou caindo pela direita do campo. Ele, que fez toda sua categoria de bases do rubro-negro carioca, vestiu a camisa 10 de Zico em sua estreia, em 1975, mas só naquele momento. Com a 8, que disputou por anos com Carpegiani, fez história ao lado do Galinho e de Andrade, em meio-campo histórico do Flamengo. Juntos, conquistaram o Mundial de 1981, sobre o Liverpool, um dos maiores títulos da história do clube.

Ao todo, Adílio passou 14 anos no Flamengo. Conquistou também a Libertadores de 1981, três Brasileiros e cinco Cariocas. No total, fez 617 jogos com a camisa rubro-negra, terceiro que mais jogou pelo clube. Fez dois jogos pela seleção brasileira, mas acabou não sendo convocado por Telê Santana para a Copa do Mundo de 1982, quando vivia o auge da carreira.

A saída do Flamengo, em 1987, marcou o início de uma década de várias experiências de Adílio pelo futebol regional e até fora do Brasil. Passou por clubes como Barcelona de Guayaquil-EQU, Itumbiara-MG, Inter de Lages-RS, Alianza Lima-PER, Avaí, Friburguense e Serrano-BA.

No final de sua carreira, ele se aventurou no futsal, onde tudo começou no Flamengo. Fez parte do elenco da seleção brasileira campeão mundial de 1989. Encerrou de vez as atividades em campo e em quadra em 1996, após atuar pelo Borussia Fuld, da Alemanha.


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