Guerreiro dirigirá sua primeira equipe na carreira de técnico e projeta metas ousadas com o Pacajus
O ano de 2022 será marcante para o ex-volante Michel Guerreiro, que fez história no futebol cearense com a camisa do Ceará. Afinal, ele inicia sua nova carreira, de treinador, dirigindo o Pacajus no Campeonato Cearense, nova função que chega apenas dois anos após ter encerrado a de jogador. Toda transição foi feita no Pacajus, encerrando como atleta 2020 no clube, se tornando auxiliar técnico de Roberto Carlos em 2021, e agora, em 2022, assumindo o Índio após a desistência de Orlando Júnior, que dirigiria a equipe no Estadual.
Michel admite que não esperava se tornar treinador agora, mas ele não deixaria este desafio passar.
"Eu estou cursando a faculdade educação física, pois queria minha carreira no meio do futebol. Estou me formando agora como preparador físico e não esperava iniciar como treinador agora. Estava aprendendo como auxiliar e cursando minha faculdade, mas sempre quis ser treinador. Mas foi acontecendo naturalmente e esta responsabilidade chegou no Pacajus. O treinador pediu para sair e pegamos o grupo com apoio deles e da diretoria. Temos a confiança e vamos tocando o barco, iniciando essa carreira tão difícil como treinador. Tirarei a Licença B da CBF e me formarei em Educação física. Conhecimento nunca é demais. Quero aprimorar na carreira", disse ele.
Meta ousada
E engana-se por se tratar da primeira chance como técnico, que as metas do Guerreiro são modestas. Ele quer surpreender com o Pacajus e marcar logo em seu primeiro trabalho como treinador. Ele já sonhou sendo campeão em sua primeira experiência como técnico.
"Já passou pela minha cabeça em meu primeiro comando ser campeão e ficar marcado na história. Dirigir o Pacajus no Campeonato Cearense significa muito para mim. É uma nova fase, uma oportunidade única e eu, que enfrentei tantos desafios na carreira como jogador, quero vencer também como técnico, agarrando unhas e dentes. Sabemos da dificuldade do Campeonato Cearense, mas queremos chegar logo na semifinal sendo primeiro ou segundo lugar. Ai para a final e ser campeão está próximo. Mas estamos trabalhando em função da estreia contra o Caucaia, representar bem o Pacajus. Quero iniciar bem como treinador e o time fazer um bom campeonato".
Sonho em treinar o Ceará
Identificado com a torcida do Ceará por sete anos de clube e mais de 300 jogos pelo Alvinegro, Michel disse ter recebido muito apoio dos torcedores do Ceará com a nova função na carreira. E o guerreiro espera retribuir ainda este carinho, quem sabe sendo treinador do Ceará um dia, um dos pedidos na interação com a torcida alvinegra.
"Eu já imaginei enfrentar o Ceará agora. O campeonato mudou, só podemos enfrentar Ceará ou Fortaleza nas quartas e temos 14 rodadas da 1ª Fase pela frente. O objetivo é sempre estar em primeiro e segundo entrar logo na semifinal, Será passo a passo. Eu já enfrentei o Ceará pelo Vitória, pelo Tiradentes, pelo Pacajus e tenho muito carinho pelo clube, pela torcida. Me tornei conhecido no país jogando pelo Ceará por 7 anos e o torcedor sempre vem falar comigo. Ao virar treinador o torcedor do Ceará na rua, por mensagens, me desejou sorte, disse que eu vou ser um bom treinador e esperam que eu treine o Ceará um dia. Quem sabe um dia eu seja treinador do Ceará. Mas tenho que ir passo a passo, sei que to começando agora, vou aprender, estudar mais e o futuro a Deus pertence. Se for para acontecer vai acontecer".
Time também guerreiro
E como será o Michel como treinador? Ele quer suas equipes aguerridas, lutando em campo como ele era como jogador. Mas acima de tudo, seu estilo como treinador será sincero, transparente, ouvindo sempre o que o jogador tem a dizer.
"Já senti que é mais difícil comandar do que ser comandado. Como jogador, eu fazia o meu, treinava para mim, com foco no individual e na parte física, mas como treinador é preciso gerir um grupo. Quero meu time com raça, com vontade, isso não pode faltar. O Pacajus sempre foi assim em outros campeonatos e será agora também. É todo mundo querendo jogar e só posso escolher 11 e mais às cinco substituições previstas. Não vou agradar a todos, pois todo jogador quer jogar, mas saberei lidar com estas situações pela experiência como jogador e auxiliar. Vou agir na forma mais correta possível, sendo verdadeiro, transparente, sempre escutando os atletas. O atleta quer ser ouvido, vai ser ouvido, mas quem vai escolher e definir é a comissão técnica".
O Pacajus vai para seu terceiro ano seguido na 1ª divisão, e no ano passado fez sua melhor campanha, em 5ª lugar, garantiu vaga na Série D e foi campeão da Taça Padre Cícero. O Índio estreia no Campeonato Cearense no dia 8, sábado, às 15 horas contra o Caucaia, no estádio Domingão, em Horizonte (CE).