Mais um caso de suspeita de manipulação em jogo de futebol surpreende o Brasil. Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público por cartões recebidos em jogo da Série A de 2023. Casos desse tipo tem sido recorrentes no país, que tem aumentado a fiscalização para este tipo de crime. Recentemente, pelo menos outros dois são investigados e outros 23 foram denunciados.
Bruno Henrique - Flamengo (Brasileirão)
A investigação envolvendo Bruno Henrique teve início em novembro do ano passado. A Polícia Federal e o Ministério Público (RJ) suspeitam que o jogador tenha forçado dois cartões durante o jogo contra o Santos, no segundo turno da Série A. A desconfiança veio após um grande número de apostas em cartões recebidos por ele serem feitas por pessoas ligadas a ele.
Lucas Paquetá - West Ham (Premier League)
O jogador é investigado pela Federação Inglesa por suspeita de manipulação de resultados. O atleta teria tomado cartões de forma deliberada em partidas da Premier League. As autoridades investigam os duelos do time inglês contra Leicester City, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.
Luiz Henrique - Botafogo (anteriormente no Betis)
As suspeitas sobre Luiz Henrique iniciaram em 2022, quando as investigações do governo espanhol também começaram. O jogador é citado em ações relacionadas a cartões amarelos enquanto atuava no país. A La Liga e a Federação Espanhola, no entanto, não iniciaram investigação formal contra o jogador apesar das suspeitas. O atleta, que depois se transferiu para o time brasileiro.
Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima, deflagrada em 2023 pelo Ministério Público de Goiás. Os xx atletas também foram investigados e punidos por envolvimento em apostas relacionadas a cartões recebidos e pênaltis cometidos por eles. Ao todo, R$ 835 mil reais foram pagos aos atletas entre setembro de 2022 e fevereiro do ano passado. Alguns atletas usavam intermediários e parentes para receberem os valores.
Jogadores Denunciados
Eduardo Bauermann (Na época no Santos, atualmente no Everton-CHI ) foi acusado de receber R$ 60 mil para manipular resultados de uma partida.
Victor Ramos, então zagueiro da Chapecoense, recebeu R$ 100 mil para cometer uma penalidade em um jogo.
Fernando Neto, então volante do São Bernardo, aceitou R$500 mil para mudar o resultado de um jogo.
Matheus Gomes, goleiro sem clube, era parceiro de Fernando Neto no esquema de alteração de resultado.
Kevin Lomónaco, atleta do Bragantino na época e atualmente no Independiente (AR), também é investigado por participar da manipulação de jogos.
Gabriel Tota, (ex-meia do Ypiranga-RS), Igor Cariús (Lateral do Sport) e Moraes (Atlético-GO na época) também foram citados nas investigações por envolvimento no esquema.
Também se tornaram réus: Matheusinho (ex-Cuiabá/sem clube), Romário (ex-Vila Nova), Joseph (ex-Tombense, hoje no Operário Ferroviário), Domingos (Ex-Vila Nova/Sem clube), Allan Godói (Operário), André Luiz (ex-Sampaio Corrêa), Paulo Sérgio (Operário-PR) e Ygor Catatau (aposentado) e Paulo Miranda (ex-Náutico).
Acordos
Nino Paraíba, lateral do Ceará na época, recebeu R$70 mil da quadrilha e usou a conta bancária da mãe dele. Comprovantes da conta dela foram encontrados no celular de Bruno Lopez, apontado como chefe dos apostadores. O jogador fez acordo com o MP-GO
Moraes, Lamónaco, Nikolas Santos (Novo Hamburgo) e Jarro (São Luiz) optaram por pagar entre R$ 5mil e R$ 40 mil reais para não responderem penalmente pelas irregularidades.