Jogos Olímpicos de Inverno tem recorde na participação de atletas LGBTQ, diz site americano

O número é mais que o dobro de quatro anos atrás.

Legenda: Nicole Silveira representa o Brasil no skeleton.
Foto: Alexandre Castelo Branco/COB

As Olimpíadas de Inverno de 2022, em Pequim, já trazem um número significativo: são pelo menos 35 atletas gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, gays, pasexuais e não-binários participando da competição. Isso representa o dobro da comunidade que competiu em 2018, incluindo a maior parcela de homens. Os dados foram publicados pelo site Outsports. A abertura do evento foi nesta sexta-feira (4) e tem a participação de mais de 3 mil atletas vindos de 91 países. A competição vai até o dia 20 de fevereiro.

Esses atletas vão competir em nove esportes diferentes, incluindo 12 no hóquei no gelo e dez na patinação artística. Entre os patinadores, oito são homens, um não binário e outro pansexual. A atleta pansexual, Amber Glenn, seria uma alternativa mas não deve competir. Todas as jogadoras de hóquei no gelo são mulheres.

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Até os Jogos de 2018, na Coréia do Sul, não havia registro de atleta olímpico de inverno masculiino assumidamente, quando quatro dos 15 atletas se declararam LGBTQIA+. Na China, são pelo menos 11 homens, quase um terço do total. Nos Jogos de Verão em Tóquio, em 2021, a proporção entre mulheres e homens foi de 9 para 1.

Os países com mais atletas LGBTQIA+ são: Canadá (10), Estados Unidos (seis), Grã-Bretanha (quatro), Suécia (três), França (dois) e República Tcheca (dois). O Brasil aparece com uma representante. A brasileira Nicole Silveira, de 27 anos, mora no Canadá e disputa a primeira Olimpíada.

Ela vive situação curiosa: vai competir contra a própria namorada, Kim Meylemans, de 25. A atleta de skeleton também é embaixadora da Out For The Whin, entidade que busca dar visibilidade a histórias de atletas LGBTQIA+.

"Saber que posso pisar nesse grande palco, que são as Olimpíadas, como um conhecido membro LGBTQ, e poder trazer mais visibilidade e ajudar os atletas a serem quem eles querem ser, me traz muita alegria. Espero poder ser aquela pessoa que ajuda a levantar esse peso do ombro de outra pessoa”, declarou ao site americano.

 

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