Ouvidoria da CBF divulgou imagens das duas análises de pênalti, mas não da cobrança em que o Vovô reclama de dois toque de Tadeu
Um parecer emitido pela ouvidoria de arbitragem da CBF e encaminhado para o Ceará e Federação Cearense de Futebol nesta quinta-feira (21), não reconheceu erros dos árbitros de campo e de vídeo da partida entre Goiás e Ceará, realizada dia 12 de agosto, pela 20ª rodada da Série B.
Confira o vídeo da análise da CBF
Junto com o documento, a ouvidoria disponibilizou ao Alvinegro imagens dos lances reclamados pelo time cearense, mas especificamente as imagens da primeira cobrança de pênalti feita pelo goleiro Tadeu, da qual o Vovô protesta por um toque duplo do jogador do Goiás, não constam no arquivo que o Ceará recebeu.
Sobre esse lance em específico, a ouvidoria responde apenas em texto, afirmando que “avaliando as imagens dessa situação por vários ângulos, nenhum deles mostra o segundo toque que é o objeto da contestação. O cobrador se aproximou da bola e apoiou seu pé esquerdo executando a cobrança normalmente”.
Uma das imagens da transmissão oficial da partida (abaixo), no entanto, mostra a bola tocando no pé de apoio do goleiro após a cobrança do primeiro pênalti. A ouvidoria de arbitragem afirma que “faz parte do protocolo a checagem dos gols com todos os detalhes que o protocolo obriga e assim foi feito”, mas a imagem dessa checagem não foi disponibilizada junto com o parecer.
O documento conclui portanto que “tanto a equipe de campo quanto a de cabine, realizaram um trabalho muito correto”.
Ainda sobre o primeiro gol do Goiás, houve a análise do pênalti marcado. Para a ouvidoria da CBF, “é possível observar que, de fato, ocorreu o toque da bola no braço do defensor, além do que, o atleta tem o braço em uma posição antinatural para ação pretendida [...] O fato de ter desviado na coxa do defensor antes de tocar no braço, sem uma mudança brusca e efetiva de trajetória, não altera a análise e a decisão”.
Segundo gol
Sobre a jogada que termina com a marcação de pênalti sobre Thiago Galhardo, já no segundo tempo, a principal reclamação do Vovô era de uma falta sobre o atleta Jean Irmer no princípio do lance.
Segundo análise da ouvidoria da arbitragem, “tivemos, realmente, uma primeira disputa que se deu em zona neutra, porém a nossa ótica (da arbitragem), o contato entre os jogadores se ocorreu de forma lícita e próprio do futebol, além do que, tínhamos um árbitro com bom ângulo, proximidade e condições para interpretar”.
Nas imagens e áudios divulgados, é possível ver que a disputa de bola envolvendo Irmer é analisada duas vezes. Logo após analisar a disputa que gera o pênalti e dar razão ao árbitro de campo, o VAR observa a imagem duas vezes por um ângulo de frente e afirma “o jogador já está caindo, sente o contato e desmorona”, já afirmando na sequência que é um lance limpo.
No final da análise, porém, o árbitro de vídeo volta ao mesmo lance, mas por um outro ângulo, lateral, e conclui que a disputa foi lateralmente e que o árbitro de campo estava bem posicionado para interpretar.
Há, no entanto, um toque do atleta do Goiás, com o joelho direito, na panturrilha esquerda de Irmer, que é justamente para onde o jogador do Vovô leva a mão, reclamando de falta, após a queda.
Reunião mantida
Dirigentes do Ceará vão se reunir com o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, nesta terça-feira (22) e deverão questionar alguns posicionamentos do parecer feito pela ouvidoria. O clube entende que foi prejudicado pelas decisões tomadas por Wagner Magalhães (árbitro principal) e Thiago Duarte Peixoto (VAR).