Daniel Alves deixou a prisão após 14 meses. Condenado a quatro anos e meio por estupro na Espanha, o ex-jogador pagou fiança de um milhão de euros (R$ 4,5 milhões) nesta segunda-feira (25). O jornal "La Vanguardia", da Catalunha, revelou que a defesa pediu um empréstimo bancário para quitar o valor e retirar o brasileiro da prisão.
Agora, Daniel Alves vai aguardar os recursos do caso em liberdade provisória. Ao deixar a penitenciária Brians 2, em Barcelona, o ex-atleta ouviu muitos protestos. Ele estava ao lado da mãe, Márcia Lúcia, além dos advogados Inés Guardiola e Miraida Puente.
O ex-atleta da seleção brasileira foi condenado a quatro anos e meio de prisão após estuprar uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona. O crime ocorreu em dezembro de 2022.
CONDIÇÕES PARA LIBERDADE PROVISÓRIA
Além do pagamento da fiança milionária e de entregar os dois passaportes (do Brasil e da Espanha), Daniel Alves não poderá se aproximar da vítima. Além disso, ele está proibido de deixar a Espanha e deverá se apresentar à justiça local uma vez por semana (toda sexta-feira).
CONTESTAÇÃO DE PENA
Tanto a defesa do ex-jogador quanto o Ministério Público da Espanha contestam a pena do jogador. Os promotores entraram com recurso na última sexta-feira, alegando risco de fuga.
Já a acusação também vai recorrer da decisão da Justiça e pedir que o ex-jogador cumpra pelo menos metade da pena em regime fechado.
RELEMBRE O CASO
No dia 31 de dezembro de 2022, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante, e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.
No dia 10 de janeiro de 2023, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro de 2023.
Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o depoimento por mais de uma vez. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.
No meio do processo, ele trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade.