Veículo e apartamento da empresária Jamile Correia são periciados

A mulher morreu no dia 31 de agosto, com investigações da Polícia Civil iniciadas a partir do dia 2 de setembro. Para as autoridades, o advogado Aldemir Pessoa Júnior é suspeito pelo homicídio da namorada

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@diariodonordeste.com.Br
Legenda: A perícia do automóvel aconteceu no pátio do 2º Distrito Policial (Aldeota) A diligência no apartamento da empresária durou quase três horas
Foto: Foto: Emanoela Campelo de Melo

A investigação para desvendar se a morte da empresária cearense Jamile de Oliveira Correia se tratou de um suicídio ou homicídio permanece. Ontem, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) realizou duas perícias que devem auxiliar no inquérito da Polícia Civil. Por volta das 16h, os peritos chegaram ao 2º Distrito Policial (Aldeota), para vistoriar o veículo de Jamile, uma Cherokee Sport, de cor branca. Uma hora depois, começou a perícia no apartamento onde a mulher foi baleada.

Dentro do automóvel apreendido no 2º DP foi encontrado um óculos, com as lentes quebradas, e recolhidas impressões digitais. Conforme a investigação, o carro periciado foi utilizado para socorrer Jamile ao hospital, tendo ficado nos bancos manchas de sangue. Há informações de que dentro do mesmo veículo, Jamile e o namorado, o advogado Aldemir Pessoa Júnior, tenham discutido instantes antes do disparo fatal.

Os autos apontam que o tiro que causou a morte da empresária aconteceu dentro do closet do apartamento de Jamile, onde o casal morava há poucos meses desde o início do relacionamento. O suposto crime aconteceu no fim da noite do dia 29 de agosto de 2019. No momento, além da empresária e de Aldemir, estava no apartamento o filho da vítima, um adolescente de 14 anos.

Jamile foi levada ao Instituto Doutor José Frota (IJF) e morreu na manhã do dia 31 de agosto. As primeiras versões das testemunhas deram conta de que se tratava de um suicídio. No dia 2 de setembro, quando a Polícia Civil tomou conhecimento do caso, as autoridades passaram a ouvir outras testemunhas. Dias depois, Aldemir Pessoa Júnior passou a ser tratado como suspeito da morte.

Peça-chave

Desde o início da investigação, o adolescente de 14 anos prestou depoimentos à Polícia Civil. Em cada um deles, o jovem contou uma versão diferente. Ontem, o menino foi chamado pelos investigadores para auxiliar os peritos a colherem possíveis provas exatamente no local onde a sua mãe fora atingida.

A perícia no apartamento teve duração de, aproximadamente, três horas. Ao fim da diligência, o advogado da família de Jamile, Flávio Jacinto, disse que a participação do adolescente foi importante para esclarecer onde havia sangue, assim como o local exato em que sua mãe caiu baleada.

"O local do crime foi muito alterado e isso jamais poderia ter acontecido. O menino apontou até onde o Aldemir limpou. Ele disse como ela foi socorrida, como foi levada até o elevador e esclareceu que quando chegou no closet, a mãe já estava baleada", disse Flávio Jacinto.

A defesa de Aldemir Pessoa Júnior também acompanhou a diligência realizada no apartamento e se pronunciou afirmando que irá aguardar o resultado da perícia para poder se posicionar.

Peritos vistoriaram, ontem, o veículo e o apartamento da vítima Jamile de Oliveira Correia. A mulher morreu no dia 31 de agosto de 2019. A Polícia Civil suspeita que o namorado dela seja responsável pelo crime. 

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