DJ acusado por vazamentos diz ter prova de que alertou amigo de riscos de invasão
Família de Gustavo Henrique Elias Santos, DJ de 28 anos, diz acreditar que prisão tenha sido um erro de investigação
Um dos presos na operação da Polícia Federal que investiga a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol, o DJ de Araraquara, Gustavo Elias Santos, disse hoje (24) que tem provas de que teria alertado seu amigo, Walter Delgatti Neto, também preso ontem, para "parar de mexer com isso", em referência à telefone de autoridades.
Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo, o cliente teria uma conversa trocada com Walter no Telegram em que alertava o amigo: "Cuidado que você pode ter problema com isso".
Segundo o advogado, se "abrirem o Telegram vão ver que meu cliente falou (para o Walter): 'para com isso que isso vai te dar problema'".
Gustavo e sua esposa, Suellen, prestam depoimento na tarde desta quarta-feira na PF em Brasília. "Ele vai contar o que aconteceu para a autoridade policial", destacou o advogado, que acompanha o depoimento.
A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Delgatti Neto, disse hoje (24) que desconhecia qualquer aptidão em seu cliente para crimes cibernéticos. "Se ele tinha esse talento, ele nunca demonstrou e eu desconhecia. Ele nunca teve nada parecido com isso. Fiquei até surpresa quando li o noticiário sobre essa investigação, mas até agora ele não me procurou para falar sobre esse fato novo."