Três locais podem abrigar aeroporto

Escrito por Redação ,
Legenda: Todos os municípios prospectados para receber o empreendimento estão localizados nas proximidades do Complexo do Pecém
Foto: FOTO: MARÍLIA CAMELO

Caucaia. São Gonçalo do Amarante e Pentecoste estão entre os municípios prioritários para instalação futura, do novo aeroporto de carga do Ceará. Localizadas todas próximas ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) estas cidades constam nos estudos de viabilidade para implantação de um novo aeródromo no Estado, que vêm sendo desenvolvidos pela empresa americana de planejamento aeroportuário, Louis Berger Group, para a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece).

Na manhã de ontem, representantes da Louis Berger Group, apresentaram ao presidente da Adece, Roberto Smith, o quarto relatório sobre os estudos de viabilidade econômica do empreendimento, que só deverá "decolar", sair do papel, no próximo governo. Na reunião de ontem, o gerente do projeto, David Crowther, o engenheiro aeroportuário, Dionísio Sanchez e o economista, Felipe Matos, apresentaram o prognóstico de passageiros e de carga de Fortaleza, além dos resultados da capacidade versus a demanda da Capital e os requisitos para a instalação de um novo aeroporto no entorno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Os técnicos também apresentaram duas estratégias diferentes para alocação de tráfego entre o já existente Aeroporto Internacional Pinto Martins e o que vem sendo estudado. Nesse relatório, foram considerados fatores como os tipos e quantidades de cargas ( importação e exportação) que utilizarão as instalações do novo aeroporto; levando em conta tanto a demanda aérea, como o transporte multimodal (aéreo-marítimo).

Projeto

Segundo Roberto Smith, o novo aeroporto ainda não tem data, nem prazo para ser projetado, tendo em vista que os estudos de viabilidade econômica e financeira, o modelo de concessão, se uma Parceria Público Privada ou uma concessão direta e a fontes de financiamento ainda estão sendo realizados. "Trabalhamos com um cenário de cargas e de passageiros com o horizonte até 2044", explicou Smith.

Conforme explicou, essas análises são essenciais, tendo em vista ser fundamental definir, com a máxima precisão possível, a data, o ano certo, para se iniciar as operações do novo empreendimento. "Quanto antes iniciarmos as operações, menor será o retorno (financeiro)", alertou o titular da Adece, sinalizando que ainda não tem demanda definida para o novo aeroporto.

"Estamos realizando estudos de cenários para se identificar o melhor período para se iniciar os investimentos e definir o começo das operações", acrescentou. Conforme disse, o próximo relatório, com novos estudos de viabilidade financeira do projeto final, deverá ser apresentados em agosto próximo.

De acordo com Smith, os estudos estão sendo custeados por uma agência de desenvolvimento americana, sem custos para o governo do Estado do Ceará.

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