Ceasa deve girar R$ 1,5 bilhão neste fim de ano

Volume representa um acréscimo de 5% sobre o gerado pelos boxes em comércio durante o ano passado

Escrito por Levi de Freitas - Repórter ,
Legenda: A média mensal circulando na Central de Abastecimento do Ceará é de 48 mil toneladas de produtos, segundo o analista de mercado Odálio Girão. A expectativa para o ano é de 515 mil toneladas em todo o ano de 2017

 

 

A Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa) estima atingir entre R$ 1,4 e R$ 1,5 bilhão em negócios neste fim de ano, aumento que pode chegar até a 5% no volume gerado em 2017 na comparação com o ano anterior. Além disso, são projetadas 515 mil toneladas de produtos circulando no período de janeiro a dezembro, superior 0,98% às 510 mil toneladas movimentadas em 2016. 

A projeção feita pela Ceasa, de acordo com os dados do analista de mercado Odálio Girão, é otimista. Ele indica que o segundo semestre tem surpreendido positivamente em vendas e movimentação, apresentando números animadores. “Estamos trabalhando com a média de 48 mil toneladas por mês, e esperamos para esses últimos meses em torno de 50 mil toneladas por mês. É um bom volume, tanto para o produtor que vem vender seus produtos no mercado, que consegue trabalho, sustento; é bom para o comerciante negociar esses produtos; e também é bom para o consumidor, que está comprando produtos com qualidade e preço bom neste fim de ano”, afirma Girão.

Seguindo a média mensal informada por ele, o crescimento do volume de vendas da Ceasa seria de 3% a 5% maior em comparação com o ano passado. “Esse segundo semestre caiu bem no bolso do consumidor, que está indo às compras com mais tranquilidade. O fim de ano é um período de consumo forte. O consumidor passa a levar mais coisas para casa. E a economia está se recuperando lentamente, mostrando os alimentos como o setor que mais tem caído de preço”, frisou.

Preços menores

Dentre esses destaques, chamou a atenção a diminuição do preço da banana. “É o produto mais comercializado depois da laranja. Temos preços convidativos para o consumidor. Ela chegou a ser vendida a até R$ 6 o quilo, mas hoje está a R$ 1,80 o quilo. Agora sim, é ‘preço de banana’ mesmo”, brincou Girão.

Outros produtos sucesso em vendas na Ceasa conforme Girão são o abacaxi e a goiaba. A primeira fruta, vinda da Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão, tem um dos menores preços da Central, girando entre R$ 180 e R$ 320, o cento. Já a goiaba, produzida no Ceará e no Vale do Rio São Francisco de Pernambuco e Bahia, ocupa o terceiro lugar entre as frutas mais consumidas aqui no Estado, de acordo com Girão. O preço está entre R$ 3 e R$ 3,50 o quilo, no atacado. 

O analista citou ainda a melancia, oriunda de áreas irrigadas de Pernambuco, Rio Grande do Norte e do Ceará. “É outro produto bastante consumido, vendido a R$ 0,80 o quilo, mas que já custou até R$ 1,40”.

Há, ainda, conforme ele, grande oferta no mercado de mamão formosa, do Ceará e Rio Grande do Norte, sendo vendido a R$ 1,50 o quilo. Também é destaque o maracujá, da Bahia e do Ceará, com o quilo vendido de R$ 3 a R$ 4. A laranja, o produto mais consumido no Ceará, é produzida em São Paulo e Sergipe, negociada a R$ 1,80 o quilo. O limão, que entrou em período de colheita, é vendido a R$ 4 o quilo. Para o Natal, a uva é a grande aposta do mercado. Na Ceasa, uma caixa com 200 quilos custa R$ 70. Outro produto bastante procurado nesta época do ano, conforme o analista, é o morango, que é comercializado a R$ 16 o quilo, em média. Em termos de produtos com preços elevados, Girão cita o abacate, que está na entressafra.

45 anos de atividades

A Ceasa completa 45 anos de atividades, abastecendo cerca de três milhões de pessoas, e, para Girão, o local tem buscado se adaptar às mudanças ao longo do tempo e vislumbra dias melhores. “Deste polo de abastecimento e comercialização sai o alimento de todos os cearenses e uma parte do Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, não só com o segmento frutas e hortaliças, mas outros setores como cereais, carnes, laticínios, ovos, aves, pescado”, observa.

Para ele, “esse mercado foi evoluindo, melhorando sua logística, e agora vem produtos de outros cinco países nos abastecer. Estamos entrando num padrão de melhoria de embalagem importante. Estamos virando uma página e se espera um futuro no qual vamos entrar em uma evolução dinâmica dos mercados do Brasil. Há um novo modelo surgindo no País, temos que entrar nesse ritmo. Queremos um mercado mais inovador. Esses 45 anos foram para aprendizado”, ressalta. 

 
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