Acquario pode atrair 1,2 mi de turistas por ano

Previsão é do secretário de Turismo do Estado, Bismarck Maia, que diz que desapropriações ainda devem acontecer

Escrito por Redação ,
Legenda: A sala de exposições do Acquario Ceará foi inaugurada ontem. O local funciona diariamente, das 9h às 19h, ao lado da Ponte dos Ingleses
Foto: Foto: Kléber A. Gonçalves

Previsto para ser concluído no fim do ano que vem, o Acquario Ceará deve atrair, por ano, aproximadamente 1,2 milhão de turistas para o Estado. A previsão foi dada ontem pelo titular da Setur-CE, Bismarck Maia, durante a inauguração da sala de exposições do empreendimento, que fica aberta ao público a partir de hoje, das 9h às 19h. Segundo o secretário, essa quantidade de visitantes vai impactar fortemente na economia, contribuindo inclusive para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) cearense.

"Há milhares de pessoas que viajam o mundo apenas para apreciar aquários ou simplesmente edificações singulares, como o Acquario será", explica. "Como 82% do PIB de Fortaleza é composto pelo setor de serviços, e o turismo tem um impacto enorme no mesmo, esse incremento do fluxo turístico será de suma importância para a Capital e para o Estado como um todo".

Também presente no evento, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), Darlan Leite, afirmou que, se confirmadas as previsões, a rede hoteleira cearense terá inclusive que expandir-se para receber a nova demanda. "Estamos falando de, em média, 100 mil turistas a mais por mês. Hoje, temos 16 mil leitos filiados à ABIH. Assim, é preciso construir mais", fala.

Maior evidência

Sobre possíveis desapropriações na área em que o Acquário está sendo instalado, Bismarck Maia disse que isso "deve acontecer, mas é algo para os próximos gestores". Segundo ele, é necessário colocar o empreendimento em maior evidência. "Isso (a desapropriação) precisa ser discutido com a sociedade. Um equipamento tão forte e significativo como este não pode ficar escondido, mas fazer parte de todo um complexo que abrange o Dragão do Mar e outros atrativos que temos por aqui", comenta.

O secretário de Turismo do Estado ressaltou, porém, que não há nada decidido ou iniciada legalmente sobre as desapropriações. "A intenção existe e já foi anunciada à população, mas ainda precisa evoluir", afirma.

Custo mantido

Sobre o custo do empreendimento - alvo de críticas por parte da população -, Bismarck garante que o valor permanece o mesmo: US$ 150 milhões. "Esse é o valor do contrato que temos com os americanos (ICM Reynolds) para que o equipamento seja entregue. Por outro lado, estamos com a edificação em concreto, que representa em torno de R$ 50 milhões", ressalta. "O gestor do ainda será definido. Precisamos de uma empresa com experiência para buscar o caminho certo da promoção, implantação e operação assistida", conta.

Áquila Leite
Repórter

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