A plataforma de conteúdo OnlyFans voltou atrás, nesta quarta-feira (25), sobre a nova política de uso, que proibiria a publicação de "conteúdos sexualmente explícitos". A mudança vem em menos de uma semana depois do anúncio, após reivindicação de criadores de conteúdo.
O perfil oficial da plataforma agradeceu, no Twitter, a "todos por fazerem suas vozes serem ouvidas". "Obtivemos as garantias necessárias para apoiar nossa comunidade diversificada de criadores e suspendemos a mudança de política planejada para 1º de outubro", comunicou, pontuando que o OnlyFans significa "inclusão" e continuará a "fornecer um lar" para todos os criadores.
A plataforma acrescentou, em seguida ao anúncio, que em breve enviará um comunicado oficial por e-mail aos criadores.
De acordo com a revista Variety, a mudança de posicionamento se daria devido à necessidade de cumprir as políticas dos parceiros bancários. A plataforma pode ter conseguido resolver seu conflito com bancos, dado que alguns se recusaram a fazer negócios com o site, tornando a questão pública.
Com o anúncio da proibição de publicação de conteúdos sexualmente explícitos, trabalhadores sexuais, enfurecidos e frustrados, apagaram suas páginas no OnlyFans e se moveram para plataformas alternativas.
O que é o OnlyFans
Fundada em 2016, a plataforma é oriunda do Reino Unido e tem a premissa de que criadores de conteúdo possam ter assinantes para conteúdos exclusivos. No entanto, o site ganhou popularidade baseada em uma política apoiadora da pornografia, enquanto a empresa buscava chegar a audiências maiores.
Em razão disso, a companhia lançou oficialmente, neste mês, a OFTV, um aplicativo de streaming que exclui conteúdo sexualmente explícito, em parte para obter distribuição em plataformas que desabilitam pornô.
Conforme a Variety, o site aponta ter mais de 130 milhões de usuários registrados e mais de 2 milhões de criadores. A plataforma movimenta fluxo de R$ 300 milhões em pagamentos mensais.
A Bloomberg informou que o OnlyFans, apenas em 2020, movimentou mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,8 bi, na cotação atual) em vendas, calculando que, neste ano, os valores deveriam passar do dobro. O site fica com 20% desse montante.