Ex-jogador de basquete que espancou a ex com 61 socos pode ser investigado por violência psicológica

Segundo a Polícia Civil, a possibilidade depende da colaboração da vítima em registrar um novo boletim de ocorrência

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:45)
Legenda: Igor foi indiciado pela Polícia Civil por tentativa de feminicídio
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-jogador de basquete preso após agredir com 61 socos a então namorada em um elevador de um prédio em Natal, no Rio Grande do Norte, pode ser alvo de uma nova investigação, desta vez por violência psicológica. As informações são da CNN

Segundo a Polícia Civil, essa possibilidade depende da colaboração da vítima em registrar um novo boletim de ocorrência quando estiver em melhores condições de saúde. 

A delegada responsável pelo caso, Victória Lisboa, revelou que a vítima, Juliana Garcia dos Santos, já havia reportado ter sofrido violência psicológica grave de Igor Eduardo Pereira Cabral, incluindo o incentivo para que ela tirasse a própria vida. O relacionamento foi descrito por Juliana como "tóxico e abusivo".

Na última sexta-feira (1ª), Juliana passou por uma cirurgia de reconstrução da face. O procedimento foi considerado um sucesso. Ao "Fantástico", da TV Globo, o cirurgião Kerlison Paulino, responsável pela operação, explicou que as fraturas sofridas pela vítima são comparáveis a um "acidente de moto sem capacete".

Apesar da seriedade dos ferimentos, o risco de sequelas neurológicas foi descartado. A recomposição funcional e estética do rosto de Juliana será acompanhada por, pelo menos, dois meses na mesma unidade do SUS.

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Tentativa de feminicídio

Nessa segunda-feira (4), Igor foi indiciado pela Polícia Civil por tentativa de feminicídio. No relatório, o órgão reforçou o pedido para a manutenção da prisão preventiva de Cabral. 

O suspeito segue preso desde o dia 1º de agosto na Cadeia Pública Dinorá Simas, no município de Ceará-Mirim, em uma cela com mais seis detentos. A defesa pediu a transferência para uma cela individual, temendo pela "integridade física" de Cabral. O pedido, no entanto, não foi atendido.

Em depoimento, ele afirmou que, ao chegar no presídio, foi colocado em uma cela isolada, algemado e nu, e agredido por policiais penais com murros, chutes, cotoveladas e com uso de spray de pimenta.

 

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