Suspeitos de assalto em Araçatuba discutem após comparsa ser baleado: 'Vamos embora'

Em um áudio que circula nas redes sociais, e confirmado pela Polícia, é possível conferir os criminosos conversando

Escrito por Redação ,
Assalto Araçatuba
Legenda: Os investigadores ainda não conseguiram identificar quem seria a pessoa que os suspeitos se referem na gravação
Foto: reprodução

Um áudio, que circula nas redes sociais, mostra uma conversa entre integrantes do grupo que atacou agências bancárias, fez reféns e deixou três mortos em Araçatuba, interior de São Paulo, na última segunda-feira (30). Na gravação, os suspeitos parecem decidir encerrar a ação e fugir após um deles ser baleado. A Polícia Militar confirmou a veracidade do arquivo. As informações são do portal G1.

“Vamos embora, levanta o drone e vamos embora. O parceiro está baleado", diz um dos suspeitos. 
 

Assalto Araçatuba

Após o crime, um suspeito foi encontrado morto em um carro abandonado no bairro rural de Taveira. O corpo de um homem, supostamente envolvido no ataque, foi encontrado em Sumaré, em São Paulo.

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Outros dois deram entrada na Santa Casa de Piracicaba com feriamentos causados por disparos de arma de fogo. Um deles faleceu nesta sexta-feira (3). No entanto, os investigadores ainda não conseguiram identificar quem seria a pessoa que os suspeitos se referem no áudio. 

Uma câmera de segurança flagrou, no dia do assalto, o momento em um criminoso é baleado e caí ao lado de reféns. Mas a Polícia ainda não sabe se o suspeito atingido morreu ou se é sobre ele que os indivíduos se referem no áudio vazado. 

Print de gravação mostrando criminoso sendo baleado em Araçatuba
Legenda: Criminoso estava ao lado de dois reféns no momento do disparo
Foto: reprodução

Confira a transcrição da conversa: 

  • Suspeito 1: “Levanta esse drone agora, que daqui cinco minutos? Ele tá no carro baleado, o parceiro, mano.”  
  • Suspeito 2: “Acalmou. Se a gente vai levantar o drone agora, como vamos sair? É agora que nós vamos sair? Vamos levantar o drone na hora que a gente for sair, não adianta levantar o drone e depois não conseguir levantar mais quando a gente for sair.”
  • S. 1: “Vamos embora, levanta o drone e vamos embora. O parceiro está baleado.”
  • S. 2: “Para nós irmos embora e ‘os caras’ da amarela?”
  • S. 1: “Positivo. Amarela, vamos embora.”
  • S. 2: “Amarela, vamos embora. Tem baleado lá.”
  • S. 1: “Certo.”
  • S. 2: “E aí, da 01, alemão, meu amigo, você quer passar na praça, é isso?”
  • S. 1: “Estamos na praça, todo mundo vai para o meio da praça, entendeu?”

Prisões

Até esta sexta (3), a Polícia Civil prendeu sete pessoas suspeitas de participação no ato criminoso. Duas delas foram capturadas nesta madrugada, em São Pedro, na região de Piracicaba, a 450 quilômetros de Araçatuba, em operação contra o tráfico de drogas.

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Os dois presos eram homens e estavam em um sítio. Um deles apresentou documento falso, e as autoridades descobriram que ele estava foragido por homicídio.

Com a dupla, foram apreendidos cerca de R$ 3 mil, coletes balísticos, roupas táticas, lanternas, binóculos, máquina para contar dinheiro, munições .40 e .380 e carros. Todo o material foi encaminhado para perícia; já os suspeitos para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo.

Ataques com reféns e mortos 

O grupo chegou à região central de Araçatuba por volta da meia-noite da segunda. A ação criminosa durou cerca de duas horas, entre ataque às instituições financeiras, tiroteio e fuga, conforme o portal G1. O grupo formado por 20 pessoas estava distribuído em 10 veículos e usou explosivos com infravermelho, espalhados em pontos estratégicos da cidade. 

Em vários pontos do município, veículos foram queimados para impedir a chegada dos policiais. Além disso, os criminosos usaram drones para monitorar a fuga.

Equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) estiveram envolvidas nas buscas de explosivos deixados pela quadrilha. Após 30 horas de trabalho, o Gate desarmou e detonou 98 artefatos explosivos, encontrados nas ruas, nos bancos, em carros abandonados e em um caminhão deixado perto das agências bancárias.

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