Sequestro de menina de 12 anos por suposto pedófilo no DF: veja o que se sabe até agora
Servidor público foi preso na quarta-feira (28) suspeito de dopar, sequestrar e estuprar a criança
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, fazia parte de uma rede de pedofilia e se ele já havia feito outras vítimas, segundo informações do g1. O servidor público foi preso, na quarta-feira (28), suspeito de dopar, sequestrar e estuprar uma criança de 12 anos.
O suspeito raptou a vítima no Jardim Ingá, no entorno do Distrito Federal, e a levou para o apartamento dele. Ela estava a caminho da escola.
Vídeos de câmeras de segurança do prédio onde mora Daniel flagraram quando ele chegou, durante a tarde, arrastando uma mala coberta por um pano.
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A menina foi resgatada por policiais em uma cama no apartamento, algemada pelos pés e com diversas escoriações pelo corpo. A vítima contou que o homem usou uma faca para rendê-la e uma mulher colocou um pano com clorofórmio para dopá-la. Ela foi colocada dentro de uma mala e, quando acordou, já estava na casa do suspeito.
A mulher que ajudou o servidor foi identificada pela polícia como Gesielly Souza Vieira, que também foi presa.
Segundo o delegado da 2ª Delegacia de Polícia, João Guilherme Carvalho, as investigações apontam que o alvo inicial de Daniel e Gesielly era outra pessoa. Conforme afirma, evidências apontam que a dupla rondava a casa da adolescente que seria o alvo principal.
"Eles tinham em mira abordar outra adolescente e aí, por alguma razão, isso não deu certo e eles fizeram a abordagem perto dessa escola, no Jardim Ingá. Esses elementos traduzem que esses autores podem ter atuado em outros casos também", afirmou o delegado ao g1.
Daniel Moraes Bittar passa por audiência de custódia nesta sexta-feira (30). A Justiça deve decidir se ele continua ou não preso.
11 horas em poder do criminoso
A menina sequestrada ficou, ao todo, 11 horas em poder de Daniel, segundo reportagem do Metrópoles. No local, ela foi encontrada algemada ao pé da cama, com bastante sinais de violência sexual e edemas pelo corpo.
O vídeo da abordagem policial teria mostrado Daniel Moraes Bittar negando ter abusado da menina até então. Questionado, ele afirmou que apenas "conversava" com a vítima, mas chegou a afirmar que tinha como intuito fazê-la uma "escrava sexual".
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No apartamento, foram encontrados itens como uma garrafa de clorofórmio, duas máquinas de choque, uma fita que poderia ser usada para amarrar pessoas, medicamentos, objetos sexuais, uma câmera fotográfica, cartões de memória, uma mala, vários DVDs e revistas de conteúdo pornográfico.
Rede de pedofilia
As suspeitas da investigação policial são de que o suspeito do crime pode fazer parte de uma organização criminosa responsável por divulgar vídeos pornográficos e incentiva a pedofilia.
"Existem fortes indícios de que [o investigado] tenha feito outras vítimas, pois, na casa dele, encontramos muitos materiais de pornografia, um ambiente preparado para filmagens, além de inúmeros objetos que dão a entender que ele pode fazer parte de algum tipo de organização", declarou o tenente-coronel da PMGO Alessandro Arantes, que tem conduzido o caso em Goiás.
Além disso, linhas investigativas apontam que o crime foi premeditado e o suspeito monitorava a escola em que a criança estuda, enquanto estava na busca de alvos para o sequestro.