Entregador nega acusações de homofobia por ex-atleta: 'ela quer justificar o injustificável'

Sandra Mathias foi flagrada agredindo e desferindo golpes semelhantes a chicotadas no entregador no último dia 9 de abril

Escrito por Redação ,
Sandra Mathias agredindo o entregador Max Ângelo
Legenda: Em depoimento à polícia, Sandra negou que teria sido racista e justificou o uso da coleira de seu cachorro para "se defender"
Foto: Reprodução/redes sociais

O entregador Max Ângelo dos Santos, de 36 anos, negou as acusações de homofobia feitas pela ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias em delegacia na tarde desta terça-feira (18). Ele teve acesso, junto de seu advogado, Joab Gama, ao depoimento da ex-atleta e de testemunhas. As informações são do jornal O Globo.

O crime aconteceu no último dia 9 de abril, no domingo de Páscoa, em uma calçada de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Sandra foi flagrada agredindo e desferindo golpes semelhantes a chicotadas no entregador. Ela disse à polícia que agiu desta forma por se sentir ameaçada.

"Ela quer reverter a situação. Isso nunca existiu, ela quer justificar o injustificável. Eu jamais iria ser homofóbico com ela, eu sou negro e acho que racismo e homofobia são igualmente ruins. É triste ver que a pessoa errou, mas se nega a reconhecer", disse Max.

Ainda em depoimento à polícia, Sandra negou que teria sido racista e justificou o uso da coleira de seu cachorro para "se defender".

Histórico criminal

Sandra já tem duas passagens na polícia: uma é por furto de energia elétrica na Praia do Leblon, no Rio de Janeiro, e outro por injúria e ameaça.

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O advogado de Max Ângelo alega que o entregador não proferiu ofensas a Sandra e que "as imagens são claras em relação à agressão". A defesa ainda reforçou que as falas da mulher podem configurar calúnia.

De acordo com a publicação, uma testemunha do crime já foi ouvida pela Polícia Civil, que intimou mais outras três pessoas a prestarem depoimento. O caso foi registrado como lesão corporal e injúria simples.

A delegada responsável pelo caso afirmou que ainda não há elementos suficientes para que o crime seja tipificado como injúria racial, e aguarda pelo menos mais três depoimentos para reunir mais evidências.

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