"É um monstro", diz pai de Lázaro Barbosa, suspeito da chacina em Ceilândia
A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao Correio Braziliense
Pai do suspeito de cometer a chacina da Ceilândia, o aposentado Edenaldo Barbosa Magalhães, de 57 anos, chamou o filho de “monstro” e disse que torce para ele ser preso por temer a segurança da sua família. A declaração foi dada em entrevista ao Correio Braziliense, nesta terça-feira (15).
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Lázaro fugiu
Lázaro Barbosa, de 32 anos, tem uma extensa ficha criminal e fugiu após matar quatro pessoas da mesma família, no último 9 de junho, em Ceilândia, no Distrito Federal.
Ao jornal, o pai do suspeito lamentou a tragédia.
“"Esse monstro, eu registrei, mas, quando as pessoas falam 'o seu filho', aquilo me estremece todo. Não dá vontade nem de ficar mais na Terra. Eu estou arrasado. Se eu vê-lo por aí, eu nem conheço mais", disse.
"O que mais me dói é o desespero que aquela família sentiu e o que ele fez com aquela pobre mulher. Isso não é gente. Isso é um monstro da pior espécie", complementou.
O homem afirma que o último contato com o filho foi durante uma visita, há seis anos. "Só me visitou e foi embora. Foi quando ele teve uma fuga aí. E eu com o coração na mão, doente. Só não morri ainda porque acho que Deus não quis", disse.
Lázaro é acusado de quatro assassinatos, estupro, três tentativas de homicídio, três invasões e dois incêndios somente no caso da Ceilândia. O pai acrescentou, ainda, que o “demônio se apoderou dele".
Relação com o filho
Em matéria do dia 14 de junho, o Correio Braziliense noticiou que os pais de Lázaro moram no município de Girassol, em Goiás. Eles estariam divorciados há mais de 20 anos.
Conforme apuração do jornal, Edenaldo Barbosa Magalhães, pai dele, era alcoólatra e agredia fisicamente a ex-esposa e os filhos. Diante do contexto familiar conturbado, ele teria passagens em orfanatos e fugas de casa.
Atualmente, Edenaldo é casado há quase duas décadas e possui 3 filhos dessa nova relação. Na entrevista concedida ao Correio nesta terça, ele demonstrou ser um homem religioso e repudiar os atos do filho. Não comentou, no entanto, sobre esses detalhes da relação com Lázaro.