Caso Marielle Franco: mortes completam quatro anos com perguntas sem respostas
Vereadora e seu motorista foram assassinados no centro do Rio de Janeiro em março de 2018
No dia 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no centro do Rio de Janeiro. São 1.461 dias que as famílias das vítimas estão sem respostas sobre por que e quem mandou matar Marielle e seu funcionário.
Segundo as informações do Universa, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) voltou a ouvir testemunhas e a analisar informações dos celulares apreendidos durante as apurações.
De acordo com o comunicado, "nos últimos três meses, o MP colheu novos depoimentos relacionados à segunda fase da investigação que busca apurar os mandantes dos assassinatos", informa o MPRJ.
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As investigações e os suspeitos
Em 12 de março de 2019 o sargento reformado da Polícia Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foram presos. Ronnie Lessa foi apontado como o autor dos disparos, e Élcio, como o condutor do veículo. Os dois serão submetidos a júri popular, mas a data ainda não foi definida. Os dois negam participação no crime.
Em julho de 2021, foram anunciados novos promotores de Justiça para a investigação do duplo assassinato. As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile alegaram "interferências externas" para a decisão.
O promotor Bruno Gangoni, disse que se leva tempo para achar os mandantes e que "a identificação do mandante de qualquer homicídio é sempre mais complexa que a do executor. Em se tratando de um crime onde os executores são profissionais, que foram policiais militares, que sabem como se investiga, torna-se ainda mais difícil".
A parlamentar estava participando de uma "roda de conversa: Jovens Negras Movendo as Estruturas" na rua dos Inválidos, no centro do Rio quando foi assassinada. O homicídeio teve repercussão nacional e internacional. Marielle foi eleita a 5ª vereadora mais votada da cidade em 2016.