OMS alerta sobre aumento de hospitalizações por Ômicron e risco 'muito elevado' de propagação

Entidade afirma que nova cepa cresce mais rápido em relação à variante Delta entre dois a três dias

Escrito por AFP ,
COVID NO MUNDO
Legenda: Especialista indica que variante provocará um grande número de hospitalizações, principalmente entre os não vacinados
Foto: Ina Fassbender/AFP

O risco de propagação da variante Ômicron permanece "muito elevado" e o número de hospitalizações pode aumentar, embora os primeiros estudos indiquem que a cepa provoca sintomas mais leves da doença. O alerta foi expedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa terça-feira (28). 

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citacao tipo="texto" ]"O risco geral relacionado com a nova variante de preocupação ômicron permanece muito elevado", advertiu a OMS em seu relatório epidemiológico semanal.[/citacao]

China e Europa impuseram novas restrições e uma nova onda de casos confirmados tem marcado o fim de ano na América Latina e no Caribe, que acumula mais de 47 milhões de contaminações confirmadas e cerca de 1,6 milhão de mortes.

O aumento de casos de Covid coincide com registros da contagiosa variante ômicron no Panamá, Colômbia, Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela, México, Cuba e Equador.

"Evidências consistentes mostram que a variante ômicron tem uma vantagem de crescimento sobre a variante delta com um período de dois a três dias para duplicar-se e aumentos rápidos de casos são vistos em vários países", declarou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal.

Na segunda-feira (27), a especialista Catherine Smallwood, um das principais responsáveis da OMS na Europa, declarou à AFP que a rápida propagação da ômicron, como vem acontecendo em vários países, "provocará um grande número de hospitalizações, principalmente entre os não vacinados".

A especialista em resposta de emergência pediu que os dados preliminares sobre um menor risco de hospitalização foram recebidas "com cautela", já que os casos observados referem-se principalmente "nas populações jovens e saudáveis em países com altas taxas de vacinação".

Estudo

Os primeiros estudos na África do Sul, Escócia e Inglaterra indicam que a ômicron parece causar menos hospitalizações que a variante precedente.

Os dados, porém, ainda são incompletos e alguns especialistas destacam que uma maior contaminação pode cancelar a vantagem de uma variante menos perigosa.

Diante das incertezas e do recrudescimento de casos no mundo, vários países tentam encontrar o equilíbrio entre minimizar os danos econômicos por novas restrições e controlar a propagação do vírus.

A Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) alertou que testes caseiros rápidos para covid-19 têm mais probabilidade de apresentar falsos negativos com a variante ômicron em relação a cepas anteriores.

 

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