Estados Unidos liberam doação de sangue por homens gays e bissexuais
Não há mais a exigência de que homossexuais se abstenham de sexo por três meses para serem doadores
Os Estados Unidos alteraram, nesta quinta-feira (11), as diretrizes sobre a doação de sangue no país. Agora, homens gays e bissexuais poderão ser doadores. A mudança de regra foi anunciada pela Administração de Comidas e Drogas (FDA), órgão que regulamenta as doações de sangue.
As diretrizes anteriormente restritivas foram feitas há décadas para tentar evitar que o suprimento de sangue para doação fosse contaminado com o vírus HIV.
De acordo com a nova regra, não há mais a exigência de que homossexuais se abstenham de sexo por três meses antes de doar sangue.
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Um novo questionário irá avaliar os riscos individuais de HIV com base no comportamento sexual, parceiros recentes e outros fatores de todos os doadores em potencial, independentemente da orientação sexual, sexo ou gênero.
Para a tomada de decisão, o FDA justifica que levou em consideração as evidências científicas mais recentes.
Doação de sangue no Brasil
Em junho de 2020, o Ministério da Saúde orientou, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que gestores estaduais do SUS passem a aceitar doação de sangue de "homens que tiveram relações sexuais com outros homens" nos últimos 12 meses. Na prática, a decisão passou a beneficiar homens gays, bissexuais, travestis e mulheres transexuais.
A nova orientação do Ministério da Saúde foi tomada após cinco entidades LGBT e o partido Cidadania acionarem o STF para exigir o imediato fim das restrições.
Desde então, a posição do Ministério da Saúde deve ser acatada pelos Estados, que estão sujeitos a ações judiciais caso não cumpram o entendimento da Suprema Corte.