Ariel Castro pega prisão perpétua

Nova York. Ariel Castro, o ex-motorista de ônibus que manteve três mulheres presas por dez anos no porão de sua casa em Cleveland, aceitou declarar-se culpado na manhã de ontem para evitar a pena de morte. Pelo acordo, ele ficou condenado à prisão perpétua e jamais terá direito à liberdade condicional.

Diante da chance de ser condenado à pena de morte, o sequestrador Ariel Castro confessou os crimes em troca da prisão perpétua sem liberdade condicional

O desfecho também permitiu que as vítimas, Amanda Berry (27), Gina deJesus (23) e Michelle Knight (32), sejam poupadas de testemunhar no julgamento. No mês passado, Castro havia se declarado inocente das acusações de estupro, sequestro e homicídio. Segundo a Polícia, ele realizou os sequestros entre 2002 e 2004. Durante o período, Berry teve uma filha de Castro. A menina tem hoje seis anos.

O sequestro foi descoberto em maio, quando Berry escapou da casa onde elas eram aprisionadas e ligou para a polícia, em uma libertação que causou comoção nos Estados Unidos.

"Você compreende, sr. Castro, que, ao dar esta declaração, você nunca mais deixará a prisão?", perguntou o juiz a Ariel Castro, que compareceu com a tradicional roupa laranja dos prisioneiros, de óculos e com a barba por fazer.

"Sim eu entendo", respondeu o ex-motorista de ônibus. "Acredita que há alguma razão, alguma esperança, de que saia da prisão antes de sua morte?", insistiu o juiz. "Não, não acredito". "Você não sairá nunca, isso está claro?", voltou a perguntar, ouvindo "sim" como resposta.