O governo do Reino Unido defendeu, nesta quinta-feira (11), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford após sua suspensão na Dinamarca, classificando-a como "segura" e "eficaz" e afirmando que continuará sendo usada na campanha britânica.
"Deixamos claro que (a vacina) é segura e eficaz", disse à imprensa um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson. "Quando se pede às pessoas para se apresentarem para recebê-la, devem fazer isso com confiança", acrescentou.
"E de fato estamos começando a ver os resultados do programa de vacinação em relação ao número (menor) de casos que estamos vendo em todo o país, o número de mortes, o número de hospitalizações", destacou.
O imunizante é aplicado no Brasil, por meio de acordo entre as desenvolvedoras e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A vacina teve uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Dinamarca anunciou nesta quinta-feira que suspendeu o uso da vacina da AstraZeneca/Oxford como medida de precaução devido à preocupação pelo surgimento de coágulos de sangue em pessoas vacinadas.
No entanto, a agência dinamarquesa de saúde destacou que ainda não foi estabelecida nenhuma relação entre a vacina e os coágulos.
Um porta-voz da AstraZeneca afirmou que "a segurança da vacina foi estudada amplamente nos ensaios clínicos de fase III e os dados revisados por especialistas confirmam que a vacina foi geralmente bem tolerada".
A Áustria anunciou na segunda-feira que deixou de administrar um lote do imunizante, depois que uma enfermeira de 49 anos morreu por "graves transtornos de coagulação" dias depois de recebê-la.
Outros quatro países europeus - Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo - suspenderam imediatamente a vacinação com doses procedentes desse lote, que foi entregue a 17 países e que incluía um milhão de vacinas.